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Após 42 anos, tráfego de veículos sobre a barragem de Jupiá é desativado

Ana Cristina Santos, Jornal do Povo - 29 de setembro de 2016 - 15:26

Travessia sobre o rio Paraná, interligado os estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo, não será mais utilizada para passagem de veículos. - Foto:  Mapio.Net
Travessia sobre o rio Paraná, interligado os estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo, não será mais utilizada para passagem de veículos. - Foto: Mapio.Net

A Usina Hidrelétrica Engenheiro Souza Dias (Jupiá), em Três Lagoas, foi construída em 1974. A partir de então, a travessia sobre o rio Paraná, interligado os estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo, foi utilizada para passagem de veículos.

Desde as 8h desta quinta-feira (29), os veículos deixaram de passar sobre a barragem de Jupiá, já que a ponte rodoviária sobre o rio Paraná, na divisa entre Três Lagoas e Castilho (SP) foi liberada para o trânsito.

Desde o anúncio, até efetivamente a construção da ponte, foram mais de 20 anos de espera. Em 2000, a empreiteira Camargo Corrêa venceu uma licitação para a construção. No entanto, nem chegou a iniciar a obra porque queria uma antecipação de recursos.

Em 2010 foi aberta nova licitação para a contratação de empresa interessada em executar o serviço. Em junho de 2011, o governo federal autorizou a empreiteira A. Gaspar iniciar as obras.

A previsão era de que a obra fosse inaugurada em abril de 2015, no entanto, em razão da necessidade de revisão do projeto, bem como devido ao bloqueio de recursos pela Justiça, e devido às chuvas, houve um atraso no cronograma. O projeto que era de 1999 também precisou ser revisado, atrasando um pouco mais conclusão.

TRAJETO MENOR

De acordo com o engenheiro do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) de Três Lagoas, Milton Rocha Marinho, a ponte representa muito para o sistema viário, uma vez que não haverá mais a necessidade dos veículos transitarem pela barragem de Jupiá, que é considerado um empecilho para o desenvolvimento de logística.

Para atravessar o rio pela barragem, de acordo com o engenheiro, dependendo da quantidade de veículos, em especial os pesados, pode levar até 30 minutos. “Com a ponte não vai haver essa demora”, destacou.

A ponte - que custou pouco mais de R$ 117 milhões - possui pista simples, com três faixas, sendo uma adicional para carretas e caminhões, com 1.344 metros de extensão e 6.648 metros de acessos pavimentados. Pelo lado de São Paulo, o acesso começa na rotatória de início da rodovia Marechal Rondon (SP-300) e, por Três Lagoas, sai na rotatória próxima ao antigo prédio da Delegacia da Polícia Rodoviária Federal, no início da BR-262, segundo o Jornal do Povo.

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