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Apesar dos sérios danos sofridos até agora, Médicos Sem Fronteiras retomam cirurgias no Haiti

Agência Notisa - 16 de janeiro de 2010 - 09:57

AGÊNCIA NOTISA - Segundo último release, emitido hoje (dia 15) pela assessoria de imprensa dos Médicos Sem Fronteiras, “as equipes de Médicos Sem Fronteiras (MSF) que atuam em Porto Príncipe, capital do Haiti, estão focando sua atenção na expansão de sua capacidade cirúrgica”. De acordo com a assessoria, “dois centros cirúrgicos estão agora funcionando, para atender 300 pacientes que foram transferidos para a unidade de MSF no Hospital Choscal, no distrito de Cité Soleil. Na tarde desta sexta-feira, 25 novos funcionários de MSF devem juntar-se às equipes de MSF que já estão em Porto Príncipe”.

O resto da equipe médica da organização “ainda está atendendo as centenas de pacientes em suas clínicas, que precisam de primeiros socorros e cuidados mais básicos
para seus ferimentos. Os equipamentos puderam ser recuperados do Hospital Maternidade Solidarité e levados para Choscal. É uma corrida contra o tempo porque os ferimentos infectados precisam de intervenções rápidas. Salas de operação infláveis e mais cirurgiões estão a caminho. Há grandes problemas de transporte e acesso de regiões, com equipes impedidas de avançar por terra e pelo ar”.



O atendimento médico nas tendas erguidas pelo MSF, de acordo com o médico Mego Terzian - do grupo de emergência da organização -, “continua a ser realizado em frente ao Hospital de Trauma Trinité e o Centro de Reabilitação Pacot. Mais de 1,5 mil pacientes receberam atendimento médico primário no local. Triagens, estabilização dos feridos e transferências devido às necessidades cirúrgicas são nossas prioridades médicas", diz ele, que acrescenta que "os corpos dos mortos são uma questão médica, no sentido que se tornaram um fator estressante para os sobreviventes. Mas nesse contexto, como a causa da morte não é um fator infeccioso, não há risco de epidemias".

Alguns dos maiores problemas no momento, segundo a assessoria, “são os suprimentos básicos e a falta de acesso. Os alimentos estão bastante escassos e a água é uma grande preocupação. MSF está começando a transportar água potável para o Hospital Choscal, para pacientes e pessoas que vivem próximas à unidade”.

A nota da instituição reporta que “há enormes necessidades em toda a cidade e as equipes de MSF estão recebendo relatos de danos muito sérios e mortes em pequenas cidades perto da capital. Eles vão tentar chegar até essas áreas para saber como MSF pode ajudar. Clínicas móveis estão sendo planejadas. As equipes também estão analisando o atendimento obstétrico, que sempre foi uma prioridade para MSF e que precisa de suporte. A saúde mental é outra preocupação em um desastre dessa magnitude”.

A assessoria garante que a “MSF conseguiu enviar dois aviões de carga diretamente para Porto Príncipe, mas outros vão ter de ir para a vizinha Santo Domingo, na República Dominicana, frequentemente devido à falta de combustível no Haiti. Pessoas e materiais serão transportados por terra”.



Nota da redação: O MSF pede que a mensagem de doações que está o link http://www.msf.org.br/haiti/email/index.html seja distribuída por todas as mídias profissionais e sociais


Agência Notisa (science journalism – jornalismo científico)

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