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Apenas 9% dizem haver tráfico em suas escolas

Aécio Amado/ABr - 26 de março de 2006 - 12:17

A violência urbana e a criminalidade exercem forte influência no ambiente ao redor das escolas e é o tráfico de drogas que tem maior presença no dia-a-dia dos alunos. De acordo com a pesquisa "Cotidiano das Escolas: Entre Violências", 9% dos 9.744 alunos ouvidos nas escolas públicas urbanas estaduais e municipais de Belém, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e do Distrito Federal disseram que existe tráfico em suas escolas.

A coordenadora do trabalho, socióloga Miriam Abromavay, chama atenção para o fato de que 58% dos estudantes declararam não saber se existe tráfico. Para ela, esse resultado pode sugerir a influência da "lei do silêncio", como conseqüência do medo em falar do assunto. Miriam destacou, ainda, que a tensão provocada pela violência é um fator importante a ser considerado nas causas da baixa qualidade do ensino nas escolas públicas urbanas.

Outro problema detectado pela pesquisa diz respeito à presença de gangues dentro das escolas. Miriam explicou que, pelos depoimentos tomados nas escola, os grupos não são formados no espaço escolar, mas fora dele. A escola apenas sofre as conseqüências dos conflitos e brigas externas, que são levadas para o interior do ambiente escolar.

Esses grupos, segundo ela, não consideram os limites da escola como local de formação educacional e desconhecem a autoridade do professor. Os professores afirmam que os alunos que integram essas gangues são os maiores responsáveis pelo clima de tensão nas escolas.

A pesquisa Cotidiano das Escolas: Entre Violências foi divulgada neste sábado (25) no Fórum Mundial de Educação, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

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