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Apenas 7% das vítimas da aids recebem coquetel

Dourados News - 01 de dezembro de 2004 - 14:34

Milhões de pessoas infectadas com o vírus da aids podem morrer nos países em desenvolvimento, se medicamentos mais baratos não forem distribuídos de forma mais ampla, segundo especialistas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu a meta de providenciar drogas anti-retrovirais para 3 milhões de pessoas nos países em desenvolvimento até o final de 2005. No entanto, somente 440 mil das 6 milhões de pessoas que precisam do medicamento o estão recebendo - o correspondente a pouco mais de 7% do total. Parte do problema é a aprovação de drogas baratas pelo sistema de qualidade. Um em cada cinco anti-retrovirais é rejeitado pela OMS.

A OMS implantou um sistema para verificar a qualidade dos medicamentos contra a aids, incluindo versões genéricas, para servir de base para as agências humanitárias que compram esses remédios. As drogas genéricas têm o mesmo efeito de qualquer outra e são mais baratas. Mas é necessário certificar que elas têm a mesma qualidade das drogas patenteadas.

O padrão da OMS é mais rígido do que aquele aplicado por muitos países. Isso fez com que muitas drogas fossem excluídas da lista da organização. Segundo a OMS, 13 medicamentos foram retirados voluntariamente da lista - que contém cerca de 30 tratamentos genéricos diferentes para a aids - para uma segunda avaliação.

Dois genéricos da empresa farmacêutica indiana Cipla foram recolocados na lista após terem sido removidos por seis meses. Membros da OMS dizem esperar que a notícia de que esses remédios foram reincorporados estimule outros produtores a realizar o teste de outras 16 drogas removidas da lista.

Apesar de não serem uma cura para a doença, os anti-retrovirais bloqueiam a capacidade do vírus de se multiplicar. Eles podem retardar o início da doença ao tornar o ataque ao sistema imunológico mais lento.

A associação MSF providencia tratamento com drogas anti-retrovirais para mais de 23 mil pessoas infectadas com o HIV em 27 países da África, Ásia, América Latina e Leste Europeu. "A MSF conseguiu fazer com que os pacientes e suas famílias sentissem a diferença, mas não temos visto grandes esforços nos países em que trabalhamos", diz Rowan Gillies, presidente da MSF International.

Nesta quarta-feira, é celebrado o Dia Mundial de Combate à Aids.


BBC Brasil

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