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Antes de sair, Zeca liberou R$ 116 milhões a empresas

Graciliano Rocha/Campo Grande News - 05 de janeiro de 2007 - 13:08

Puccinelli prometeu revelar nomes das empresas que receberam R$ 116 milhões no apagar das luzes
Um grupo de credores privilegiados conseguiu receber R$ 116 milhões do governo do Estado entre os dias 21 e 29 de dezembro de 2006. Os pagamentos foram feitos pela Secretaria de Receita e Controle (atual Fazenda) a empreiteiras, empresas prestadoras de serviço de aluguel de fotocopiadoras e segurança. Os números são resultado do levantamento feito pelo novo governo sobre os pagamentos feitos no apagar das luzes do governo Zeca do PT. O governador André Puccinelli já recebeu o relatório dos técnicos e prometeu divulgar os nomes das empresas e os valores que cada uma delas recebeu nos últimos dias do governo anterior.

O conteúdo do relatório tem um forte impacto político, pois desmonta a explicação do ex-governador Zeca que faltaria dinheiro no caixa do Estado para pagar o salário de dezembro de 55 mil servidores (R$ 91 milhões) ou a parcela de dezembro da dívida com a União (R$ 27,9 milhões). Segundo nota divulgada por Zeca na semana passada, a dívida com a União não foi paga para completar o que faltava para saldar o 13º. Como a dívida não foi paga, as contas do Estado sofreram bloqueio e o Mato Grosso do Sul foi penalizado por cláusulas contratuais que elevaram para R$ 46,2 milhões a parcela a ser paga. O governador disse hoje que pretende pagar a prestação da dívida na próxima semana e só depois – ou, nas palavras de Puccinelli, “só Deus sabe” quando, – a folha de dezembro do funcionalismo.

“Pensei que não houvesse tanta desorganização e irresponsabilidade”, afirmou Puccinelli hoje pela manhã.

Os R$ 116 milhões saíram do caixa do Estado nos dias 21, 22, 26, 27 e 28 de dezembro. Houve duas modalidades de pagamento: R$ 71,3 milhões foram liberados através do Siafem (Sistema Integrado de Acompanhamento Financeiro dos Estados e Municípios, o sistema de controle de gastos do governo estadual) e R$ 45 milhões em pagamentos via ofício.

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