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Geral

Ano eleitoral em cidades do interior

Corino Rodrigues de Alvarenga - 09 de agosto de 2016 - 09:40

Nas cidades brasileiras, como é o caso de Cassilândia, a campanha eleitoral terá início no próximo dia 16, uma terça-feira, enquanto o horário eleitoral irá começar no dia 26 de agosto.

As discussões políticas começam a se ouvir nas praças e ruas, acirradas por uns que acreditam que as eleições já são favas contadas, que o candidato tal já ganhou, que o candidato fulano não tem mais chances.
Que o jogo já foi jogado. Não é bem assim não.


Ao contrário, eleição não se ganha na véspera nem no início da campanha.


Qualquer quadro eleitoral pode ser revertido, não se tem garantia de vitória e, portanto, não existe candidatura imbatível.


Em cidades do interior, campanhas eleitorais são feitas com muito amadorismo e na base do improviso, enquanto nos grandes centros o embate começa bem antes da pré-campanha, há mais partidos disponíveis, também há mais candidatos, e, portanto, nem sempre as candidaturas são impostas, mas discutidas amplamente.


Como uma complexa ciência humana, a política tem uma matemática diferente. Nem sempre dois mais dois são quatro; às vezes, dá cinco, zero, dois, três, um e até quatro.


Já vi casos de candidatos vencerem eleição de prefeito depois de ter largado com apenas 5% no início da campanha e terem superado adversário com mais 70% de intenção de voto.

Aliás, as pesquisas são muito mal utilizadas nas cidades do interior do País.


Os chamados "entendidos" valorizam muito as pesquisas simples estimuladas e acabam deixando de lado fatores importantes como a pesquisa espontânea, o índice de rejeição e os cruzamentos de dados que ajudam a antecipar tendências e buscar o crescimento gradual da candidatura.


Por amadorismo, partem para a baixaria, esculhambam com os adversários e deixam a ciência política de lado. Amadorismo puro.


Não fazem monitoramento periódico, através das chamadas "trackings".


Por puro amadorismo também, muitos candidatos divulgam pesquisas falsas, sem registro, como forma de motivar a sua equipe e acabam estimulando o adversário a intensificar o seu crescimento.


Ou seja, em eleição, sobretudo municipal, não vale a pena mentir para os eleitores. A melhor ferramenta, como deve ocorrer em todas as áreas, é a verdade.


Na eleição deste ano, a difamação e a tentativa de destruir a reputação dos adversários poderá ter resultado igualmente negativo.


Segundo pesquisas qualitativas feitas nas cidades brasileiras, com vistas às eleições de outubro, a maioria da população, cerca de 80%, não quer ouvir baixaria, mas propostas de governo, projetos viáveis e realistas, e menos promessas eleitoreiras que sempre marcaram as campanhas eleitorais.


Será uma eleição difícil para os candidatos a prefeito e pior ainda para os pretendentes a uma vaga no poder legislativo municipal, pois o processo eleitoral de 45 dias, bem mais curto, não irá permitir erro algum e irá exigir dos candidatos muita sola de sapato, muita saliva e muito suor.


Teremos neste ano uma luta de boxe com apenas seis assaltos, uma eleição de pernas mais curtas, que exigirá mais criatividade, mais rapidez e mais esforço físico e mental. Em vez de 90 dias, teremos 45.


O número de candidatos também caiu muito, afinal será uma eleição mais pobre, com gastos controlados e muita rigidez na hora de prestar as contas com a Justiça Eleitoral..


O cerco se fechou para os políticos ficha-suja e percebe-se que os eleitores estão de olho no passado dos candidatos.
Aqui, em Cassilândia, certamente que teremos a realização dos importantes debates na rádio para que os moradores possam ter melhor discernimento na hora da escolha.


Escolher gestor público despreparado irá significar quatro anos de atraso.


E caberá ao eleitor, de forma consciente, votar com serenidade, inteligência e compromisso com o município.
Vender o voto é uma opção errada, além de criminosa.


O futuro do município depende de eleitores comprometidos com as suas causas mais urgentes e necessárias.


CORINO RODRIGUES DE ALVARENGA

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