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Geral

Annel autoriza construção de termelétrica em Corumbá

Carlos Eduardo R. Bortolotto - 14 de outubro de 2003 - 16:18

A Agência Nacional de Energia Elétrica autorizou nesta terça-feira o Grupo MPX, presidido pelo empresário Eike Batista, a construir a Usina Termelétrica de Corumbá. A resolução da ANEEL estabelece que a térmica de
Corumbá será construída em três fases. Na primeira, com inauguração prevista para junho do ano que vem, entrarão em operação duas unidades de geração GEC / Alston , com capacidade de produzir 70 MW . Depois virá outra turbina de 30 MW e em 2006 vão ser implantadas outras duas máquinas, para gerar mais 80 MW. A obra está prevista para começar em novembro .
O Senador Delcídio do Amaral (PT/MS), que há quatro anos luta para que Corumbá tenha energia limpa, de qualidade e em quantidade suficiente para atender aos planos de desenvolvimento do município, comemorou a decisão da ANEEL.
- A TermoCorumbá , que ficará em uma das pontas do sistema de distribuição em Mato Grosso do Sul, vai qualificar a energia distribuída em Corumbá e também nos municípios de Ladário, Miranda e Aquidauana, criando,
definitivamente, as condições para que possamos implantar o pólo minero siderúrgico, que agregará valor ao minério extraído do maciço de Urucum, atraindo novos negócios e gerando milhares de novos empregos - afirmou o
senador.
Corumbá possui a maior mina de manganês de todo o hemisfério ocidental e uma das maiores reservas de ferro do Brasil, ambas de alta qualidade. Hoje esses produtos são vendidos no mercado interno e exportados "in natura" mas, em breve, com a energia gerada pela usina, será possível construir ali uma siderúrgica, que pode mudar o perfil econômico e social do município.
A MPX - empresa nacional formada por capitais brasileiros e norte-americanos, que detém participações em negócios de mineração, logística, tecnologia e energia no Brasil e no exterior - vai investir US$ 125 milhões na
construção da térmica , gerando, nas três fases da obra, 500 empregos diretos e outros 1.500 indiretos em Corumbá e Ladário.
O senador destacou a preocupação do projeto em preservar o meio ambiente da região.
- O projeto da MPX foi concebido de forma a aproveitar o máximo possível tudo o que já foi estudado e examinado pelos órgãos de controle ambiental durante a análise dos estudos elaborados pela Petrobrás e a Duke Energy,
que por questões internas desistiu do negócio. O projeto anterior já tinha conseguido a Licença Ambiental Prévia e a Licença de Instalação do IBAMA. Por isso estamos ganhando um tempo precioso na apreciação da proposta da MPX que é praticamente a mesma. Além disso, a população de Corumbá e Ladário e os ambientalistas podem ficar tranqüilos porque as turbinas da nova térmica, de ciclo simples, não utilizam óleo diesel nem água em sua operação, o que afasta qualquer possibilidade de contaminação por efluentes - informou Delcídio.

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