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André fala de prioriedades e de reajuste do servidor

Edmir Conceição/TV Morena - 02 de janeiro de 2008 - 09:55

O governador André Puccinelli (PMDB) fala, em entrevista ao telejornal MSTV 1ª Edição, da TV Morena, sobre as prioridades no seu segundo ano de mandato. A entrevista, feita pela jornalista Lucimar Lescano, vai ao ar a partir das 18h no telejornal desta quarta-feira, 2 de janeiro.

O governador diz que sua gestão segue modelo de administração privada, em que somente se gasta o que tem. Como médico e ex-proprietário de hospital em Fátima do Sul. O estilo de governar, segundo Puccinelli, é de gestão doméstica. André Puccinelli afirma que ainda tem muitos desafios, tanto na vida pessoal quanto pública.

Segundo Puccinelli, em 2008 o governo do Estado vai intensificar as ações nas áreas da educação, saúde, e assistência social, para resgatar demandas reprimidas e priorizar políticas voltadas ao desenvolvimento sustentável e incentivos à industrialização.

Nesses dois pontos, o governo projeta parcerias com o governo federal para assegurar infra-estrutura e superar gargalos nos setores de logística. Em relação aos programas sociais, o governador disse que os beneficiários terão que cumprir as exigências básicas, como manter crianças na escola, participar de cursos de alfabetização, nos casos de adultos, e programas de saúde, além da contrapartida com a prestação de quatro horas de trabalho por mês.

O reajuste salarial dos servidores também está no leque de prioridades e deve ser concedido em maio, data-base do aumento do salário-mínimo. “O reajuste é para todas as categorias e para isso estou fazendo uma reserva todos os meses”, afirmou.

Em outras entrevistas sobre o primeiro ano de mandato e perspectivas para este ano, o governador abordou a obrigatoriedade de aplicação de 12% na saúde, o problema da dívida do Estado, e questões pontuais.

Veja principais pontos da avaliação do governo

SAÚDE - André Puccinelli disse que não acredita em corte nos recursos para a saúde em função do fim da CPMF. “Continuaremos a investir os 12% obrigatórios por lei na Saúde. E se o governo federal reduzir investimentos não será na área da saúde. A medicina não é só o médico. É um conjunto de fatores que somados garantem o melhor atendimento ao cidadão. Queremos que juntos, Estado, União e municípios promovam e melhoria da saúde em nosso Estado. Quero chegar aos 12% de investimentos da receita do Estado em saúde”. Hoje, o Estado investe 6,97 % da receita em saúde.

DÍVIDA COM A UNIÃO - Segundo o governador, todos os estados estão empenhados em reduzir o valor das parcelas e alongar a dívida. “O governo federal está ensaiando um acordo com os estados. Não podemos continuar pagando R$ 50 milhões por mês. Estes valores inviabilizam os investimentos”. MS apresentou duas propostas de renegociação da dívida, que chega a R$ 6,050 bilhões. Uma das propostas é vender a dívida para bancos privados, que fazem captação de recursos junto a instituições internacionais com menores taxas de juros.

A amortização da dívida do Estado com a União está indexada à arrecadação. Do total da receita líquida, são descontados 15% para pagamento da dívida. Isso significa que quanto mais se arrecada, maior é o desembolso. Segundo o governador André Puccinelli, o Ministério da Fazenda já sinalizou com a hipótese de renegociação, mas as fórmulas ideais ainda estão em discussão.

BANCADA FEDERAL - André Puccinelli não vê grandes mudanças na coordenação da bancada federal, função que hoje é do deputado federal Geraldo Resende (PMDB). O novo coordenador ficar entre os deputados Waldemir Moka (PMDB), Antônio Carlos Biffi (PT) e Antônio Cruz (PP). “Todos estão aptos para assumir o cargo. Mas acredito que a definição deve ficar entre esses três nomes”, opinou.

VALE RENDA - Puccinelli reafirma o interesse do governo em ajudar “quem realmente necessita”. “Vamos beneficiar aqueles cujo índice de renda familiar total seja menor que meio salário mínimo. Além disso vamos cobrar a freqüência na escola e a disponibilidade de quatro horas mensais de trabalho, como mutirões, pinturas em prédios, jardins e escolas”, explicou. “E vamos dar o benefício por um certo tempo até que a pessoa consiga uma renda e dê lugar a outro que necessite".

SEGURANÇA - “Prioridade número um” para Mato Grosso do Sul. Este ano haverá concurso para mais mil policiais militares e civis e investimentos de R$ 25 milhões que vão ser aplicados em reformas de delegacias e equipamentos para os batalhões da PM e unidades da Polícia Civil. “Vamos aumentar os equipamentos das polícias, como capacetes e armas”, afirmou Puccinelli.

RODOVIAS - “Se o governo federal não fizer as reformas, que ele conceda para mim, que eu as farei. Em 10 anos, através de pedagiamento, a BR 163 poderá ser duplicada”.

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