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André diz que não é sabão nem xampu para ficar neutro

Campo Grande News/ Fernanda França - 04 de maio de 2010 - 13:28

O governador André Puccinelli (PMDB) rebateu hoje declarações do presidente nacional do partido, deputado Michel Temer (SP), de que ficaria neutro nas eleições deste ano. Ou seja, não daria apoio oficial nem à Dilma Rousseff (PT) nem ao tucano José Serra.

Na Agrishow, em Ribeirão Preto, o dirigente peemedebista admitiu a divisão da legenda em alguns estados e enfatizou que em Mato Grosso do Sul, o PMDB terá um palanque “duplo e inverso”.

Com isso, ele insinuou que Puccinelli, para evitar problemas políticos, não receberá no Estado nem Dilma nem Lula. O governador reagiu nesta manhã e disse que Temer deu tais declarações “por conta própria”.

“Este mês eu decido quem apoiar, porque quem fica neutro é xampu ou sabão e eu não sou nem uma coisa e nem outra”, disparou, confirmando que o presidente nacional da legenda falou sobre o assunto sem consultá-lo.

Puccinelli enfatizou que sua decisão política contemplará “um só candidato”.

”Há um palanque só, o ser político tem que ter definições na vida. E eu vou tomar essas decisões em conjunto com os prefeitos, deputados e com o senador Valter Pereira, se ele realmente permanecer no partido”, avisou.

Puccinelli negou que esteja “com um pé em cada barco” em relação a Dilma e Serra. “Um homem não pode casar com duas mulheres ao mesmo tempo”, disse.

Demora na decisão – O governador André Puccinelli esteve ontem com o presidente em Ponta Porã, onde Lula disse que lhe chamaria em breve para uma conversa em companhia de Temer.

Entretanto, Puccinelli ainda não foi informado pelo Planalto sobre a data em que este encontro ocorrerá.

Avisou, inclusive, que tomará seu posicionamento ainda neste mês de maio, independente da conversa com Lula. Ou seja, se o presidente demorar para agendar a conversa, pode ter surpresas.

“Eu sou um homem conhecido por tomar decisões, vou tomar a minha decisão e pronto, agora no mês de maio. Estou esperando ser chamado, mas se demorar muito não espero, é questão de tempestividade”, declarou.

Via imprensa, Puccinelli deu um recado claro ao presidente. Disse que político tem de ter “tempestividade em suas ações”, mensurar as pressões “legítimas, que possam ocorrer de todos os lados” e tomar uma definição.

Também deixou claro que “não combinou data com aliados”, referindo-se ao PSDB, DEM e PPS, que cobram uma resposta sobre eventual manutenção da aliança.

“Só digo que será em maio, porque junho já são as convenções e temos que entrar neste mês com tudo definido”, esclareceu.


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