O governador André Puccinelli (PMDB), o secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini, e o diretor-geral da Polícia Civil, Jorge Razanauskas, divulgaram nota para tentar desmobilizar os policiais civis. Eles deram ultimato aos policiais civis. Se paralisarem as atividades e mantiverem os protestos, o Governo não vai criar a quarta classe.

Os três destacam que o reajuste concedido pelo Governo estadual é 5% superior ao proposto pelo Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol). Pela proposta do Poder Executivo, o vencimento inicial do policial de 4ª classe passará para R$ 1.749. Pela proposta do sindicato, o subsídio seria de R$ 1.667,64.

“É a maior recuperação salarial do grupo Segurança Pública”, ressaltaram Puccinelli, Jacini e Razanauskas. E terminam com ultimato aos policiais. “Caso o Sinpol insista em posição distinta do que foi acordado, o Governo se verá obrigado a retirar a proposta encaminhada à Assembléia Legislativa, mantendo apenas o reajuste linear de 6% para todas as categorias”, alertam.

Segundo o Sinpol, o Governo não dará o reajuste de 20%, como prevê acordo assinado em 28 de abril do ano passado. O percentual seria menor, de 10%. A categoria realizará assembléia geral na quarta-feira e pode aprovar indicativo de greve por tempo indeterminado. Na nota, Puccinelli reafirmou a decisão de suspender a criação da quarta classe. De acordo com o presidente do sindicato, Paulo Carvalho, esta ameaça já tinha sido feita na sexta-feira, após a tentativa dos agentes protestarem durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).