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André confirma ex-ministro, Marun e Yonamine no governo
Em uma só tacada, o governador eleito de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), confirmou hoje mais três cargos em seu primeiro escalão: além de afirmar que o ex-ministro convidado para assumir a Secretaria Extraordinária de Representação de Mato Grosso do Sul de Assuntos Nacionais e Internacionais aceitou o cargo, o peemedebista disse que conseguiu demover Carlos Marun (PMDB) de assumir vaga na Assembléia Legislativa e deixá-lo no comando do setor de Habitação de seu governo. Além disso, ele confirmou o nome de Sérgio Yonamine na supersecretaria que congregará setores como meio ambiente, planejamento, cidades, ciência e tecnologia.
Puccinelli voltou a dizer que o nome do ex-ministro só será confirmado no dia 1º de janeiro. Porém, confirmou que o futuro secretário sul-mato-grossense está em uma lista de quatro nomes: Ovídio de Angelis, Pedro Parente, Marcus Tavares e Pedro Malan sendo que Puccinelli lembrou que este último nome vem sendo ventilado pela imprensa.
Todos ocuparam cargo em uma das administrações de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) na Presidência, coincidindo com o momento em que Puccinelli administrou Campo Grande. O futuro governador manteve o ar de mistério, dizendo que nem sua mulher (Beth Puccinelli) sabe quem é o escolhido. A Secretaria de Representação terá o objetivo de trabalhar os interesses do Estado em duas frentes, com escritórios em Brasília e São Paulo/SP.
O segundo nome confirmado na noite de hoje abre caminho para que a deputada Celina Jallad (PMDB) permaneça na Assembléia Legislativa. Para a próxima legislatura, a parlamentar conquistou a primeira suplência de sua coligação, ocupando a vaga de Carlos Marun, que após a diplomação deve assumir o setor habitacional da administração estadual. Por tabela, Puccinelli coloca mais lenha na fogueira da sucessão do Palácio Guaicurus, uma vez que considera a deputada um bom nome para presidir a Assembléia.
Sem entrar em detalhes sobre a sucessão da Mesa Diretora da Casa, André Puccinelli apenas defendeu que a priori a presidência da Assembléia ficará nas mãos do PMDB, por ser o partido de maior bancada. Pode ser outro, mas não é obrigatório, comentou. Os peemedebistas ocuparão sete cadeiras na Casa de Leis a partir de 2007: além de Celina Jallad, a bancada contará com Ari Artuzzi, Akira Otsubo, Jerson Domingos, Junior Mochi, Youssif Domingos e Marcos Trad.
Coringa O terceiro cargo confirmado por Puccinelli trata de sua medida mais controversa até o momento. A Secretraria de Cidades, Meio Ambiente, Planejamento e Ciência e Tecnologia será gerida por Sérgio Yonamine, um nome que já passou por diversas cadeiras da prefeitura de Campo Grande.
Ex-secretário de Meio Ambiente e Controle Urbanístico, ex-presidente do Instituto Municipal de Planejamento Urbano e interventor da administração municipal na Águas Guariroba em 2003 (no auge da crise da empresa), onde permaneceu como observador até 2005, Yonamine terá pela frente o desafio de desvencilhar as críticas sobre a pasta, alvo de ambientalistas sobre o inchaço de atribuições e dissolução da Sema. Eles [os ambientalistas] nem viram e já criticam. Eles vão ter uma surpresa, pois vai ser o encontro do desenvolvimento sustentável, disse Puccinelli, em defesa de seu projeto.
Outras pequenas nuances já devem ser apresentadas amanhã (28) aos deputados estaduais, durante reunião para discutir o projeto de reforma administrativa. Puccinelli defende, por exemplo, a fusão da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) e da Agenfa (Agência Fazendária de Mato Grosso do Sul), para reduzir trâmites burocráticos, em especial para os produtores rurais.
Em suma, a proposta visa reduzir de 15 para 11 o total de secretarias (além da Secretaria Extraordinária), reduzindo as unidades administrativas (unidades, fundações, agências e afins) de 49 para 45. Também já é ponto comum que o governador cortará 30% dos cerca de dois mil cargos comissionados existentes, faltando, ainda, uma posição sobre o funcionamento da máquina administrativa em tempo integral, contra as atuais seis horas de atendimento.