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André confirma ex-ministro, Marun e Yonamine no governo

Humberto Marques e Paulo Fernandes/Campo Grande News - 27 de novembro de 2006 - 20:31

Em uma só tacada, o governador eleito de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), confirmou hoje mais três cargos em seu primeiro escalão: além de afirmar que o ex-ministro convidado para assumir a Secretaria Extraordinária de Representação de Mato Grosso do Sul de Assuntos Nacionais e Internacionais aceitou o cargo, o peemedebista disse que conseguiu demover Carlos Marun (PMDB) de assumir vaga na Assembléia Legislativa e deixá-lo no comando do setor de Habitação de seu governo. Além disso, ele confirmou o nome de Sérgio Yonamine na supersecretaria que congregará setores como meio ambiente, planejamento, cidades, ciência e tecnologia.

Puccinelli voltou a dizer que o nome do ex-ministro só será confirmado no dia 1º de janeiro. Porém, confirmou que o futuro secretário sul-mato-grossense está em uma lista de quatro nomes: Ovídio de Angelis, Pedro Parente, Marcus Tavares e Pedro Malan – sendo que Puccinelli lembrou que este último nome vem sendo “ventilado” pela imprensa.

Todos ocuparam cargo em uma das administrações de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) na Presidência, coincidindo com o momento em que Puccinelli administrou Campo Grande. O futuro governador manteve o ar de mistério, dizendo que nem sua mulher (Beth Puccinelli) sabe quem é o escolhido. A Secretaria de Representação terá o objetivo de trabalhar os interesses do Estado em duas frentes, com escritórios em Brasília e São Paulo/SP.

O segundo nome confirmado na noite de hoje abre caminho para que a deputada Celina Jallad (PMDB) permaneça na Assembléia Legislativa. Para a próxima legislatura, a parlamentar conquistou a primeira suplência de sua coligação, ocupando a vaga de Carlos Marun, que após a diplomação deve assumir o setor habitacional da administração estadual. Por tabela, Puccinelli coloca mais lenha na fogueira da sucessão do Palácio Guaicurus, uma vez que considera a deputada “um bom nome para presidir a Assembléia”.

Sem entrar em detalhes sobre a sucessão da Mesa Diretora da Casa, André Puccinelli apenas defendeu que “a priori” a presidência da Assembléia ficará nas mãos do PMDB, por ser o partido de maior bancada. “Pode ser outro, mas não é obrigatório”, comentou. Os peemedebistas ocuparão sete cadeiras na Casa de Leis a partir de 2007: além de Celina Jallad, a bancada contará com Ari Artuzzi, Akira Otsubo, Jerson Domingos, Junior Mochi, Youssif Domingos e Marcos Trad.

Coringa – O terceiro cargo confirmado por Puccinelli trata de sua medida mais controversa até o momento. A Secretraria de Cidades, Meio Ambiente, Planejamento e Ciência e Tecnologia será gerida por Sérgio Yonamine, um nome que já passou por diversas cadeiras da prefeitura de Campo Grande.

Ex-secretário de Meio Ambiente e Controle Urbanístico, ex-presidente do Instituto Municipal de Planejamento Urbano e interventor da administração municipal na Águas Guariroba em 2003 (no auge da crise da empresa), onde permaneceu como “observador” até 2005, Yonamine terá pela frente o desafio de desvencilhar as críticas sobre a pasta, alvo de ambientalistas sobre o “inchaço” de atribuições e dissolução da Sema. “Eles [os ambientalistas] nem viram e já criticam. Eles vão ter uma surpresa, pois vai ser o encontro do desenvolvimento sustentável”, disse Puccinelli, em defesa de seu projeto.

Outras pequenas nuances já devem ser apresentadas amanhã (28) aos deputados estaduais, durante reunião para discutir o projeto de reforma administrativa. Puccinelli defende, por exemplo, a fusão da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) e da Agenfa (Agência Fazendária de Mato Grosso do Sul), para reduzir trâmites burocráticos, em especial para os produtores rurais.

Em suma, a proposta visa reduzir de 15 para 11 o total de secretarias (além da Secretaria Extraordinária), reduzindo as unidades administrativas (unidades, fundações, agências e afins) de 49 para 45. Também já é ponto comum que o governador cortará 30% dos cerca de dois mil cargos comissionados existentes, faltando, ainda, uma posição sobre o funcionamento da máquina administrativa em tempo integral, contra as atuais seis horas de atendimento.

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