De acordo com os dados do IDJ (Índice de Desenvolvimento Juvenil), o número de analfabetos entre a população total de Mato Grosso do Sul é de 0,98%, mas entre jovens de 20 a 24 anos o número chega a 1,7%. Em pleno século 21, com a promessa de educação para todos, o número ainda é expressivo, mas são animadores, considerando o índice nacional geral de analfabetos que é de 11%.

Não sabem ler, ou escrever, 0,5% dos jovens entre 15 e 17 anos; 0,2% dos que estão entre 18 e 19 anos e 1,7% daqueles na faixa dos 20 e 24 anos. São analfabetos 1,7% dos homens e 0,9% das mulheres.

Nível superior - Conforme o IDJ, 0,2% da população do Estado teve oportunidade de freqüentar cursos de mestrado ou doutorado. O Ensino Superior completo é realidade para 8,4% dos sul-mato-grossenses, número baixo porque a faixa pesquisada não ultrapassa os 24 anos de idade.

As mulheres superam os homens em anos de estudo. Enquanto elas estudaram em média 8,6 anos, eles passaram 8,2 anos nos bancos escolares. Já a diferença entre etnias é maior. Os jovens brancos que estudaram passaram 9,1% anos na escola, enquanto entre os negros o número é de apenas 7,7%.

Nota baixa - Com base nos dados do Saeb, o IDJ traz novamente índices que demonstram queda de desempenho em matemática e português, tanto no Ensino Fundamental, como Médio em Mato Grosso do Sul.

Entre 1995 e 2005, o desempenho caiu 4,5% em português no Ensino Fundamental e 4,6% no Médio. No mesmo período houve queda de 2% nos resultados da prova de matemática de alunos de Ensino Fundamental e 1,9% dos que estavam no Ensino Médio.

Nas ruas - A cozinheira Nilva Socorro Nascimento Anjo, de 38 anos, passou a juventude sem poder estudar, Ela completou apenas a 8ª série, mas ainda teve mais oportunidades que o marido: analfabeto. Agora a esperança de uma vida melhor esta nas mãos dos filhos. O mais novo, Tailon Henrique dos Anjos, de 14 anos, completa 15 em 2008 e entrará para faixa pesquisada pelo IDJ. Ele promete que no futuro vai reforçar o quadro de jovens com ensino superior no Brasil. “Porque mais para frente eu vou poder arrumar um bom emprego”, avalia.