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Amplavisão - Renovação política ou mesmice maquiada?

Manoel Afonso - 22 de novembro de 2019 - 11:40

‘RENOVAÇÃO’ O MDB Estadual repetindo a estratégia do MDB nacional: fala em renovação e escolhe personagens ligados aos velhos caciques. Amei a pérola dita pelo deputado Baleia Rossi (MDB-SP), na sua eleição (chapa única) para presidente da sigla: “o partido não precisa de governo para sobreviver”, esquecendo que o MDB foi sócio do PSDB e PT no Planalto. Aqui o partido com a cara de passado com ex-governador Puccinelli representado pelo ex-deputado Jr. Mochi no seu comando e o ex-senador Moka (MDB), ex-deputado federal Carlos Marum (MDB) também na retaguarda.

FOTOS IGUAIS Olhe quem estava na eleição do diretório nacional do MDB e nos últimos encontros do partido em Campo Grande. As mesmas caras. Lá, estiveram o ex-presidente Sarney ( 89 anos) e os ex-ministros Moreira Franco e Alexandre Padilha e outros derrotados nas urnas e alvos da Operação Lava Jato. A presença deste time constrangeu gente mais nova. O deputado gaucho Edson Brum desabafou: “Não me sinto à vontade. Vão sair fotos daqui que terei vergonha”. Aqui, a diferença apenas nas imagens desgastadas e envelhecidas pelo tempo de suas lideranças maiores.

TÁTICAS & PLANOS Há uma unânimidade no MDB de que seria suicídio enfrentar o prefeito Marcos Trad (PSD) no estilo ‘mano a mano’. Abre-se aí a discussão para tentar convencer lideres de outros partidos a lançarem candidatos a prefeito para provocar o 2º turno. Até o ex-governador Zeca do PT será convidado a integrar o que seria a reedição da famosa ‘Frente Ampla’ que no passado não saiu do papel contra o Governo Militar. O promotor Sergio Harfouche (PSC), Ricardo Ayache (PSB) e lideranças de partidos que estão longe dos holofotes também na lista de futuros contactos.

‘ARTE DA GUERRA’ Na conhecida obra do chinês Sun Tzu há dicas sobre a estratégia de vencer que se enquadram na situação do MDB que prioriza outra batalha (sucessão estadual) e que tem o pleito municipal como fase preparatória apenas. Mas enquanto isso o MDB tenta tirar o ex-governador Puccinelli do centro do debate para livrá-lo de possíveis medidas judiciais que recomendaram seu afastamento de cargos públicos. Mas André sabe que o político não pode tirar os olhos do calendário e do espelho – implacáveis, cruéis para todos os humanos na luta contra o tempo.

OUTRO ALVO Nos bastidores do MDB fica visível que a preocupação maior é tentar conter o crescimento do grupo político da Família Trad, levando-se a visibilidade que seus membros possuem hoje no cenário. Ao que parece, a lição na derrota para Alcides Bernal (PP) em 2012, sem grupo e estrutura partidária/financeira não foi assimilada como é recomendável no contexto da racionalidade. E olhe que depois disso o partido entrou numa rota descendente com escândalos diversos e até prisões mostradas na mídia nacional e nas redes sociais cada vez mais influentes no mundo da política.

‘O BODE NA SALA’ Como desassociar o ex-Secretário de Obras da Prefeitura de Campo Grande, ex-Secretário de Obras do Governo Estadual e ex-deputado federal Edson Giroto da figura do ex-governador Puccinelli? As duas pessoas e personalidades se fundiram ao longo desta relação de fidelidade recíproca que todos conhecem em várias situações que dispensam citações. Ainda preso, sem mandato político, Giroto sofre silenciosamente e de forma invejável não dispara acusações ou reclamações contra quer que seja. Tem absoluta consciência do preço que está pagando pelo ocorrido.

LAMAÇAL Não vamos nos enganar. Político idiota é justamente aquele que imagina encontrar o eleitor despreparado, desinformado e sem argumentos para defender seu ponto de vista. Aliás – nós jornalistas - estamos sofrendo a concorrência em matéria de opinar nas redes sociais. Eu tenho tido; com o advento do celular os currais eleitorais simplesmente acabaram. O eleitor está tendo a grande chance de aparecer, de se fazer ouvir e de mostrar sua opinião – doa a quem doer. Com sutileza ou não ele descarrega sua revolta contra o cenário e personagens. É a democracia da opinião.

ESPAÇOS Vão aparecendo e motivam batalhas internas nos partidos e grupos aliados. Falo disso porque especula-se sobre eventuais pretendentes a candidatura de vice prefeito de Marquinhos Trad em 2020. Além daqueles que a mídia já tem noticiado, sinto um movimento dentro do PSDB em tentar emplacar o nome do atual Secretário do Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente Jaime Verruck, economista com graduações até no exterior, ex-diretor corporativo do Sistema FIEMS. Ele vem se destacando em várias pautas relacionadas aos projetos econômicos do Estado.

MIRIAM LEITÃO: “...Sim, o PT precisa fazer autocrítica. Na economia, certamente. Não por qualquer exigência de humilhação pública, mas porque é preciso saber se o partido, na eventualidade do retorno, repetirá ou não os mesmos erros. Quando o PT saiu do Planalto a economia estava em ruínas: o PIB encolhia 3,5%, a inflação havia batido em 10%, os juros estavam em 14% (hoje estão em 5%). O desemprego haviam disparado de 6% para 11,4% em um ano e meio, a dívida pública subia em espiral, o país perdera o grau de investimento, as contas públicas estavam no vermelho...”

DESPREPARO Sempre fui reticente quanto a decisão de se armar (até os dentes) os homens da Guarda Municipal de Campo Grande. A pergunta: estariam eles preparados psicologicamente para portar uma arma de fogo em algumas situações conflitantes? Infelizmente o noticiário mostra que o processo seletivo não consegue ser perfeito e o instinto de ‘autoridade’ aflora no cidadão após ganhar a farda e a arma. O episódio havido no Terminal Morenão é uma triste amostra do que continuará acontecendo. É preciso repensar a guarda e enquadrar seus homens.

SINDICATOS dos bancários apavorados com o avanço da tecnologia que está fechando bancos e demitindo gente. Os números não mentem: Nos últimos 12 meses foram fechadas 611 agências com 5.542 demissões. Banco do Brasil 463; Itaú 213; Bradesco 85; Caixa E.Federal 45 e Santander 50 agências. O pior: até 2010 1.200 agencias serão fechadas e 11.186 bancários na rua. Outro dado interessante: 6 em cada 10 transações são feitas hoje pelo celular ou computador. Com os sindicatos impotentes o prejuízo eleitoral será inegavelmente do PT. Os tempos mudaram ‘companheiros’!

REFERENDO Previsto na Constituição esse mecanismo legal é ignorado. Só em 2005 foi usado na questão das armas. Como o Congresso demora na decisão do caso da prisão de corruptos e bandidos o referendo poderia ser uma saída pratica e eficiente. Também poderia ser aplicado consultando diretamente o povo sobre a redução em um terço do número de congressistas. O referendo, muito usado na Itália por exemplo, é a democracia mais direta que há. A vontade direta da população expressa no referendo seria a quinta e insuperável instância. Mas os políticos temem o referendo. Porque será?

BOA & RUIM Semana com duas notícias sobre o deputado estadual Jamilson Name (PDT). A primeira previsível: venceu a batalha no Tribunal Regional Eleitoral e deixará a sigla sem perda do mandato. A segunda é péssima: teve seu nome envolvido no Clube de Pôquer na capital que teria fechado as portas com dívida trabalhista superior a R$300 mil reais para os 14 empregados . No livre exercício da imaginação da opinião pública o fato é mais um pingo no seu oceano de preocupações desgastantes com as prisões do pai e irmão alvos de graves acusações do conhecimento público.

A PERGUNTA que ouvi no saguão da Assembleia Legislativa: o deputado Jamilson Name terá estrutura emocional bastante para conseguir administrar tamanha turbulência familiar? Ao seu estilo discreto vem evitando tocar neste assunto junto à imprensa, mas a tendência – caso a situação processual dos familiares presos em Mossoró (RN) não seja revertida brevemente – é que ele tenha que atuar como a delicada situação naturalmente exige. Claro que o quadro é politicamente desgastante porque a mídia noticia e a opinião pública absorve e acrescenta o que lhe convém e repassa.

A GLOBO Sua situação lembra outras tantas empresas no Brasil: enquanto os proprietários estão ricos, elas capengam. E a explicação é simples: eles não querem tirar dinheiro do próprio bolso para injetar na Globo. Claro que ela fatura muito, beneficiada por incentivos fiscais e outras medidas generosas do Governo cresceu e virou potência. Os irmãos Marinho figuram em recente lista dos 10 mais ricos do país, mas preferem cortar gastos e repensar a organização da Globo do que simplesmente cobrir rombos. As demissões e cortes mostram que nem a Globo é imune à crise. As tetas oficiais secaram.

ROUBALHEIRA Existem nichos que permanecem intocáveis independentemente de quem está mandando no Palácio do Planalto. Um deles é o tal ECAD ( Escritório Central de Arrecadação e Distribuição dos Direitos Autorais). Pipocam as denúncias sobre o critério de distribuição dos recursos, mas o assunto precisa ser debatido de forma mais criteriosa. Hoje qualquer evento festivo, mesmo na sua casa, está sujeito a fiscalização do Ecad. O jogo é pesado, mas o ‘curioso’ é que a classe política acha o assunto menos importante e faz vistas grossas. Uma omissão malandra, acima de tudo!

GESTÃO ESTRATÉGICA: Na África todas as manhãs a zebra acorda sabendo que terá que correr mais que o leão para continuar viva. Na outra ponta o leão acorda consciente de que deverá correr mais que a zebra - se não quiser morrer de fome. Conclusão: Não faz diferença se você é zebra ou leão. Quando o sol nascer você tem que começar a correr.

NA INTERNET: “Bolsonaro precisa do Lula como o Batman precisa do Coringa – e vice-versa”.

VINICIUS MOTTA: “Quem tem mais poder: Super-homem, Thor, Mulher Maravilha, Aquaman ou um ministro do Supremo Tribunal Federal do Brasil”?

STANISLAW PONTE PRETA: “As crises políticas nacionais são tratadas de maneira tão sensacionalista pela imprensa brasileira que, se a gente estiver no exterior, ao ler um jornal brasileiro tem a impressão que, ao voltar, não encontrará mais o país.”

J.R. DURAN: “Como chama um cara que gosta do Trump e do PT? Trumpetista”!

O ANTAGONISTA: “Dias Toffoli pode tudo, só não precisa prestar contas à sociedade. Até quando”?

NA INTERNET: “Em Itaipu funcionários se cotizam para dar um belo presente de casamento a Lula – por ele ter levado a noiva para São Paulo”.

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