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Amorim: não há razão para pedir desculpas à Suíça

Mylena Fiori , ABr - 16 de fevereiro de 2009 - 20:42

Brasília - O governo brasileiro não cogita pedir desculpas à Suíça por ter levantado suspeitas de xenofobia no suposto ataque à brasileira Paula Oliveira, no último dia 8, em Zurique. “Não há razão para pedir nenhuma desculpa. O que dissemos é que queremos que haja uma investigação e que, se houver culpados, que sejam eventualmente punidos”, afirmou hoje (17) o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.

O chanceler brasileiro gravou hoje uma entrevista para o programa 3 a 1 da TV Brasil, que vai ao ar na próxima quarta-feira (19) às 22h.


Paula alega ter sido agredida por neonazistas que teriam tatuado em sua pele, com estilete, a sigla SVP, Partido do Povo Suíço. A versão gerou reação imediata do governo brasileiro. Amorim chegou a dizer que todos os indícios apontavam para “motivações xenofóbicas”.


A polícia suíça, no entanto, contestou a tese e alegou auto-mutilação da brasileira. No último sábado (15), o vice-presidente do SVP Yvan Perrin disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve um pedido de desculpas à Suíça.

“Nossa principal preocupação é proteger uma cidadã brasileira no exterior e é o que estamos tratando de fazer com todos os meios de que dispomos”, justificou Amorim.

Amorim foi questionado sobre a hipótese da polícia suíça estar correta e a advogada brasileira ter forjado o ataque por problemas psicológicos. Nesse caso, segundo ele, o Brasil fará um “apelo no sentido humanitário” ao governo suíço. “Há uma diferença muito grande em quem faz algo por um objertivo qualquer de escandalizar ou de criar um problema ou quem faz isso porque teve um problema psicológico, um desequilíbrio”, afirmou.

O ministro também demonstrou preocupação quando ao aumento do preconceito contra imigrantes num momento de recessão internacional. “Naturalmente, quando há uma situação ruim, sempre se busca um bode expiatório e o bode expiatório muitas vezes pode ser o imigrante”, alertou.


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