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Amoêdo avalia que Bolsonaro perde muito tempo com pautas ideológicas

Correio do Estado - 26 de setembro de 2019 - 17:30

O ex-presidenciável João Amoêdo (Novo) esteve em Campo Grande nesta quarta-feira (25) para participar de um evento do seu partido. Em conversa com o Correio do Estado, o político falou sobre as pretensões da legenda para 2020, da crise no país e avaliou os nove meses do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Ao ser perguntado sobre os pontos positivos e negativos do Governo Federal até agora, Amoedo citou a equipe econômica com um dos pontos de acerto e condenou a atuação do presidente em pautas que considerou “não são prioritárias”.

“O que eu vejo de positivo foi a equipe que foi montada em algumas áreas, notadamente na área econômica, na infraestrutura, na justiça e esse desejo de fazer algumas mudanças que tragam mais competitividade a nossa economia. O que eu vejo de negativo nesse processo basicamente está muito ligado a atuação do presidente, porque ele acabou tendo pouco diálogo com o Congresso. E essa perda de tempo em pautas que, a meu entender, não são prioritárias. Com um Brasil que não cresce, tem quase 12 milhões de desempregados se tomou muito tempo com pautas ideológicas, com embates, com uma certa antecipação já para a campanha eleitoral de 2022”, avaliou o ex-presidenciável, que concedeu entrevista exclusiva ao Correio do Estado, antes de seu embarque no Aeroporto de Campo Grande.

Apesar de o Novo ter um representante no governo, com o ministro Ricardo Salles, do Meio Ambiente, Amoêdo frisa que a agremiação não faz parte da base de Bolsonaro. “A gente tem uma independência em relação ao governo e o ministro do Meio Ambiente é um filiado no Novo, mas não é nenhuma indicação do Novo, a gente não tem nenhum contato com ele, não participa das pautas. Ele foi uma escolha do presidente Bolsonaro que, por acaso é um filiado do Novo, mas não é um braço do Novo no governo, a gente não tem nenhuma interferência do que é feito lá no Meio Ambiente”.

Entretanto, o ex-presidenciável afirma que a legenda tem grande afinidade com as pautas econômicas desenvolvidas pelo ministro Paulo Guedes, menos “um novo imposto como a CPMF [Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira]”.

“Toda essa ideia de reduzir a intervenção do Estado, de dar mais liberdade para o cidadão, simplificar o processo de privatizar que o ministro Paulo Guedes tem defendido o Novo é muito alinhado, então nessas pautas a gente vai ter um apoio forte”, declarou.

Ainda sobre o setor econômico, Amoêdo afirma que o Brasil precisa trabalhar três pontos principais para voltar a crescer: melhorar a gestão pública, fazer o reequilíbrio das contas públicas e dar liberdade para pessoas poderem empreender.

“Nós temos ainda uma gestão muito ineficiente. Na saúde, na educação, na segurança. E isso acaba travando investimentos. Segundo coisa é o reequilíbrio das contas públicas. O Brasil deixou ano passado um rombo de R$ 120 bilhões e por isso a reforma da previdência, neste contexto, é fundamental. E o terceiro, que é o mais importante, é dar liberdade para pessoas poderem empreender. A gente precisa criar é um ambiente propício para as pessoas montarem seus pequenos negócios”, disse o ex-presidenciável.

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