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Aluna que escapou do massacre diz que colegas pediam para não ser mortas

Vitor Abdala*, Agência Brasil - 07 de abril de 2011 - 17:48

Rio de Janeiro - Jade de Araújo, 12 anos, aluna do 6º ano da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste da cidade, quando saiu de casa hoje (7), para o que seria mais um dia normal de aula, não imaginava que iria testemunhar um episódio de violência envolvendo ela e seus colegas de colégio.

As turmas já estavam nas salas, quando por volta das 8 horas, um ex-aluno, Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, entrou e atirou nos alunos e funcionários. Onze crianças morreram e 13 ficaram feridas. O atirador se matou após ser baleado por um policial.

Jade de Araújo disse que presenciou toda a ação do criminoso e que ficou assustada e com muito medo. A turma dela, cuja sala fica no segundo andar do prédio, fazia prova de ciências na hora que os tiros começaram. “Vieram duas meninas falando pra gente sair da sala e subir para o terceiro andar, senão ele ia matar a gente. Saiu um pisoteando o outro e, no terceiro andar, já tinha muita gente agonizando. Ele gritava: vou matar vocês, vou matar vocês. E as crianças gritavam: não me mata, não me mata”.

A mãe de Jade, Lúcia Ramos, que mandou o irmão, de 17 anos, buscar a menina na escola assim que soube do ocorrido, estava assustada e com medo de manter os filhos na escola onde o massacre ocorreu. “Por mim nem mandaria as crianças para a escola de novo”, desabafou.

Felipe Luiz, pai de um aluno de 14 anos, esteve no local e disse que foi “uma visão tenebrosa”. Morador da mesma rua da Escola Municipal Tasso da Silveira, afirmou que estava em casa quando ouviu os tiros e que ao entrar na escola se deparou com uma cena de terror chegando a sentir uma dor no estômago. “Vi crianças baleadas, ensanguentadas. Não dá para explicar porque um sujeito vem até aqui e atira em crianças. Aqui é uma região tranquila. O colégio é bom e tem uma certa segurança”.

Felipe Luiz foi um dos primeiros a ajudar no socorro das vítimas. “Os bombeiros chegaram rápido e trabalharam muito bem”, disse.

*Colaborou Cristiane Ribeiro

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