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Geral

Alimentos, principalmente, pressionaram inflação

Cristiane Ribeiro/ABr - 13 de fevereiro de 2004 - 14:04

A inflação em janeiro aumentou 0,76% depois de uma taxa de 0,52% em dezembro de 2003. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado pelo governo para fixar as metas inflacionárias, é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foi pressionado, principalmente, pelos alimentos. Eles subiram 0,88% no mês, contra 0,39% em dezembro.

A energia elétrica sofreu alta de 2,19%, devido a reajustes em várias regiões do país, e pelos automóveis novos e usados, cujos preços foram reajustados pelas concessionárias em 1,62%. Juntos, esses três itens foram responsáveis pela metade da composição geral do IPCA.

Segundo o IBGE, “os aumentos foram pontuais e não caracterizam uma alta generalizada dos preços, como ocorria no ano passado em meio à crise cambial”. A gerente do Sistema de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes, explica que excesso de chuvas prejudicou a safra de produtos específicos, diminuindo a oferta e aumentando os preços. O arroz, por causa da transição de safras, aumentou 3,16%, enquanto o tomate atingiu variação de 25,80% e o feijão carioca ficou 10,74% mais caro.

Em janeiro, também subiram os preços dos combustíveis. O álcool aumentou 1,89% ante 1,25% em dezembro de 2003, enquanto a gasolina passou de 0,34% em dezembro para 0,49% em janeiro.

A taxa de água e esgoto passou de 0,25% para 0,79%. Eulina Nunes destaca, ainda, que merecem destaque os reajustes ocorridos no gás de cozinha, que vinha em queda de 0,75% e passou para 1,72%; o condomínio, que subiu de 0,72% para 1,50% e o táxi, que de zero passou para 1,37%. Os dados do IBGE mostram que só no Rio de Janeiro a tarifa do táxi subiu 9,47% e em Fortaleza 17,40%.

Em contrapartida, caíram os preços do açúcar refinado (-7,58%), do queijo prato (-2,57%), do feijão preto (-2,52%) e dos ovos (-1,73%). Os artigos de vestuário passaram de 0,98% para 0,03%, refletindo as liquidações de verão enquanto os ônibus urbanos desaceleraram de 0,97% para 0,24%.

“Na verdade, o relevante na taxa de janeiro é que, ao examinar os resultados dos últimos 12 meses, nós percebemos que o nível retornou as taxas verificadas em 2002, antes da crise cambial, ou seja, baixas em torno de 7% no resultado dos 12 meses”, acrescentou Eulina, antecipando que o índice de fevereiro será pressionado, principalmente pelo ítem educação, por causa do reajuste das mensalidades escolares.

Em janeiro de 2003, o IPCA registrou alta de 2,25%. Nos últimos 12 meses, o índice acumulou 7,71%, resultado abaixo dos 9,30% referentes aos 12 meses imediatamente anteriores. A inflação mais alta foi registrada em Curitiba (1,45%), pressionada pelas tarifas de energia elétrica, e em Fortaleza (1,43%), influenciada pelos resultados da gasolina (5,75%), telefone fixo (2,72%), gás de cozinha (3,64%) e energia elétrica (2,32%). O menor índice foi o de São Paulo (0,49%) e no Rio de Janeiro a inflação superou a média (0,86%).

O IPCA se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas de Curitiba, Fortaleza, Belém, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, Porto Alegre, Belo Horizonte e São Paulo, além de Brasília e Goiânia.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para as famílias que ganham até oito salários mínimos, registrou alta de 0,83%, em janeiro, contra 0,54%, em dezembro de 2003.

Os preços dos alimentos subiram 0,97% - em dezembro atingiram 0,30% - e foram os maiores responsáveis pela alta da inflação. A energia elétrica, com alta de 2,44%, e o gás de cozinha, com 1,68%, também pressionaram o INPC.

Nos últimos 12 meses, o INPC acumula alta de 8,62%, abaixo do resultado dos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2003, a taxa ficou em 2,47%, pressionada, segundo o IBGE, pela alta do dólar.

O maior índice regional foi registrado em Curitiba (1,62%) e o menor em São Paulo (0,32%). No Rio de Janeiro, o INPC foi de 0,81%. O Índice é calculado nas mesmas regiões que o IPCA.

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