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Alimentação saudável previne o câncer, diz Inca

Adriana Brendler /ABr - 27 de novembro de 2007 - 18:11

Rio de Janeiro - Manter-se magro dentro de limites saudáveis, evitando o consumo excessivo de carne vermelha, gorduras e bebidas alcoólicas é a melhor maneira de prevenir o aparecimento de doenças como o câncer. A conclusão está no relatório financiado pelo Fundo Mundial para a Pesquisa em Câncer, cuja versão em português foi divulgada hoje (27), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca).

O documento destaca a relação entre a obesidade e vários tipos da doença como o câncer de mama, estômago, intestino, rim e pâncreas e analisa os produtos que aumentam a chance de adquirir a doença.

A carne vermelha, associada ao câncer de intestino, deve ser ingerida de forma comedida. A orientação é que cada pessoa não ultrapasse 500 gramas por semana. O uso de tabaco é apontado como uma das causas do câncer de pulmão e o consumo excessivo de bebidas alcólicas como potencializador do aparecimento de tumores, como os de boca, esôfago e fígado.

Segundo a coordenadora da área de alimentação e saúde do Inca, Sueli Couto, o instituto prefere apostar em orientações positivas de proteção, em vez de proibir o consumo de alimentos que podem contribuir para o desenvolvimento de tipos específicos de câncer. Para a especialista, não são necessárias dietas elaboradas para prevenir a doença.

"Se a população consumir pelo menos cinco porções de frutas, verduras e legumes por dia ela tem uma proteção garantida. É consensual que esse tipo de alimento é proteção não só para câncer, mas também para muitos outros tipos de doenças crônicas", avaliou.

"É uma recomendação simples, possível de fazer para a grande maioria da população, e que as pessoas muitas vezes não conhecem ou não dão muito valor”, afirmou Couto.

As cinco porções incluem duas de frutas e três de hortaliças (verduras e legumes).

A pesquisadora lembrou, no entanto, que é preciso também manter políticas públicas para garantir o acesso da população de menor renda a esse tipo de alimento.

"A gente sabe que hoje uma parcela grande da população, devido às desigualdades sociais, não tem acesso a esse tipo de alimento”, avaliou.



Entre as recomendações do relatório está a manutenção do aleitamento materno como fonte exclusiva de alimentação até os seis meses de idade do bebê, o que pode prevenir a obesidade na idade adulta. O estudo também aponta para a necessidade de incentivar a redução no consumo de alimentos processados ricos em açúcares e gorduras, o uso limitado do sal na comida e a prática de atividades físicas regulares.

A divulgação, em português, do relatório do Fundo Mundial para a Pesquisa em Câncer, aconteceu durante o 2º Congresso Internacional de Controle de Câncer, realizado desde o último domingo (25) no Rio de Janeiro.

O relatório, considerado o mais completo estudo mundial sobre a relação entre dieta, atividade física, sobrepeso e câncer, foi elaborado a partir da revisão de sete mil estudos sobre a doença. A divulgação mundial do relatório original, redigido em inglês, ocorreu no fim do mês de outubro.

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