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Aliados: “diga-me com quem andas...

Manoel Afonso - 04 de março de 2014 - 11:27

POLÍTICA Cruel com os afoitos e com os hesitantes. Pode parecer até contraditório esse conceito, mas ela é complexa a ponto de exigir do político em algumas situações, a habilidade de soprar e depois morder; tirar as meias sem tirar os sapatos.

AFOITOS Políticos deste naipe não conhecem a prática mineira e nem tomaram o seu café com pão de queijo. Também aqui, o cenário ainda é esboço do quadro que só será definido entre 15 a 30 de junho, quando ocorrerão as convenções partidárias.

SEM ILUSÕES Há muito interesse em jogo num ambiente de ambições e vaidades , mas a pessoalidade dos candidatos pode dar lugar a disputa pela preferência partidária. O melhor candidato pode até perder para o partido mais forte.

BASTIDORES Neles há conversa para todos os gostos e egos. Mas quem analisa o outro lado do noticiário percebe o oportunismo de alguns em tentar garantir o espaço antecipando e valorizando demais suas decisões absolutamente sem eco.

PENSO: A obsessão por maior espaço no horário eleitoral deve ser repensada. Enéas fez estragos em poucos segundos, Carmelino atropelou Juvêncio e Ulysses Guimarães foi um desastre em 1989 mesmo com o maior tempo (22 minutos) na TV.

POSTURAS A exemplo da rejeição aos textos longos e sem objetividade na mídia, o eleitor é pragmático quanto ao que lhe é apresentado no horário eleitoral. O controle remoto de seu televisor pode sim decidir antecipadamente o seu voto.

CUIDADOS A velha máxima “diga-me com andas...” existe na política dependendo do nível de exigência do eleitor. Aliados rejeitados, estigmatizados perante a opinião pública podem sim contaminar a boa imagem do candidato majoritário.

ATENTO Essa é a postura recomendável ao candidato na escolha de seu time. Nesta hora pode estar decidindo sua sorte. O que seria bom a primeira vista, apenas com os olhos da emoção e entusiasmo, pode se transformar num enorme fardo.

INSACIÁVEIS Existem aliados que se transformam nos maiores problemas ao longo da campanha. Reclamam sempre, de tudo, fazem corpo mole, ameaças e até chantagens de se bandear para o lado adversário. Quem? Ora! eles estão por aí.

SAIA JUSTA Essas crises internas chegam a tirar o candidato do foco de campanha. Administrar essas situações é parte da arte de engolir sapos. Nestas horas o candidato desabafa: “ seria melhor que eles estivessem no palanque adversário”.

PORQUE? Ora! Além de expor seu projeto para tentar convencer a opinião pública, o candidato tem que responder aos questionamentos sobre esses aliados. Com isso pode se atrapalhar, cometer contradições e sofrer desgastes crescentes, irrecuperáveis.

PLANALTO O governador Anastasia disse aqui que o PT sempre perdeu as eleições presidências no MS. Sem conhecer a nossa realidade, deixou no ar a falsa impressão de que isso se deve ao poder de fogo de seu partido, o PSDB. Ledo engano.

MEMÓRIA: As duas derrotas de Lula e essa de Dilma se deram muito mais pela ação das lideranças do PMDB e empenho pessoal de André, do que pelo prestígio de Serra, Alckmin e a atuação das lideranças tucanas nas campanhas no Estado.

PREVISÕES: André já fez sua opção por Dilma, Delcídio alinhavou seu projeto às ações presidenciais no MS, Nelsinho é grato ao Planalto, Murilo vai pedir votos para Eduardo Campos e ao PSDB caberá a missão de defender Aécio Neves.

AÉCIO Precisa melhorar muito, independentemente do que ocorrer durante a Copa e ao longo da campanha. Envelheceu precocemente e não tem conseguido alinhavar grandes apoiamentos e muito menos empolgar a opinião pública nacional.

DIFICULDADES A falta de veemência e indignação não é exclusividade de Aécio e das lideranças nacionais do PSDB. Aqui seus deputados encaixotados, não repercutem os temas nacionais para não desagradar o PT e Delcídio. Isso é oposição?

QUÉRCIA Mais uma vez temos que concordar com sua tese de que o PSDB é um partido sem sexo. Após perder Marisa Serrano e Valdir Neves o partido perdeu o brilho do embate. Figueiró, não tem idade e tempo para operar milagres.

EDUARDO CAMPOS Com Murilo viabilizando seu palanque poderá atrair aquele eleitor que tradicionalmente não vota no PT. Claro que isso dependerá também de fatos novos no cenário nacional e deste ‘casamento’ com a vice Marina Silva.

FATO NOVO Três candidatos competitivos para o Governo Estadual? Murilo continua surpreendendo ao insistir de que será candidato. Já se pergunta: quem ele prejudicaria mais: Delcídio ou Nelsinho? Mas ainda é cedo para responder.

DESGASTA? A hesitação (proposital?) de André atiça os críticos sobre os seus reais efeitos eleitorais. Atrasa a formação de alianças e represa o início da campanha para depois da Copa em 12 de julho, como querem todos os envolvidos.

MENSALÃO A comemoração petista pela desqualificação de formação de quadrilha pelo Supremo é vergonhosa. O que há de se levar em conta é a condenação pela pratica do crime maior. Não há como se livrar da pecha de corruptos condenados.

OLAVO DE CARVALHO: “Até hoje o governo tem todas as iniciativas e a população nenhuma. Até protesto neste país vem de cima. Essa é a diferença que nos separa da Ucrânia e Venezuela. O Brasil não tem povo: só tem massa e governo.”

“A melhor vingança é fazer um enorme sucesso”. (Frank Sinatra)

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