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Alho e cebola são os produtos caseiros mais usados no tratamento da asma

Agência Notisa - 31 de agosto de 2011 - 18:55

Agência Notisa – Diversas doenças podem ser tratadas ou amenizadas através de preparações caseiras de origem natural. Além disso, muitos remédios disponíveis são oriundos de fontes naturais. Segundo Camila de Figueirêdo, professora da pós-graduação em Imunologia e em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), produtos naturais são utilizadas por cerca de 80% da população mundial, o que os tornam um importante componente do sistema de saúde de diversos países.



Esses medicamentos complementares são usados no tratamento de diferentes patologias, por exemplo, em alergias. “Atualmente, a frequência de indivíduos menores de 18 anos alérgicos que já fizeram uso de alguma dessas terapias corresponde a mais de 5% da população mundial”, lembra Camila no estudo “Produtos naturais utilizados para tratamento de asma em crianças residentes na cidade de Salvador-BA, Brasil”, desenvolvido com outros pesquisadores da UFBA.



Publicado em setembro de 2010 na Revista Brasileira de Farmacognosia, o estudo avaliou o uso de remédios caseiros derivados de plantas para tratamento de asma em crianças moradoras de Salvador. Os pesquisadores verificaram que das 302 crianças com asma, 122 fizeram uso de produtos naturais para o seu tratamento.


De acordo com os resultados, o alho foi o produto mais utilizado nas preparações caseiras (25%), seguido da cebola (19,74%), beterraba (14,47%), limão (13,16%), capim-santo (9,21%), maria-preta (9,21%), sabugueiro (9,21%) e o quioio (5,26%). O único produto natural citado que não apresenta origem vegetal foi o mel, com frequência de 34,21%.



“Neste trabalho, os entrevistados citaram vinte e cinco produtos naturais diferentes que foram utilizados para o tratamento de crianças com asma. Dentre os produtos vegetais citados, os que possuem alguma fundamentação científica foram o alho, a cebola, o capim-santo, o limão, o sabugueiro, a maria-preta e o quioio”, explicam no artigo.



O alho, por exemplo, segundo o estudo, possui propriedades antimicrobianas, antifúngicas, antiparasitárias e anticarcinogênica reconhecidas. Já a cebola, segundo elemento mais usado, possui propriedades antimicrobianas, antitrombótica, antitumoral, hipoglicemiante e antialérgica.



Contudo, o grupo ressalta que mesmo com evidencias científicas de que essas espécies podem ser usadas como recurso terapêutico, ainda são necessários mais estudos para investigar o exato mecanismo de ação responsável por tais atividades farmacológicas. E complementam: “Foi constatado, no entanto, que a maioria das espécies utilizadas empiricamente por esta população, com base em relatos fundamentados no ‘saber popular’, é carente de evidências científicas que comprovem as atividades farmacoterapêuticas esperadas. Sendo assim, há necessidade de mais estudos farmacológicos para comprovação das atividades terapêuticas peculiares a cada produto de origem natural e seus possíveis efeitos tóxicos”.



Para ver o artigo na íntegra, acesse: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-695X2010000400020.


Agência Notisa (science journalism – jornalismo científico)

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