O presidente da República em exercício, José Alencar, disse ontem que o Brasil tem uma agricultura competitiva, mas sofre com o protecionismo dos países mais ricos. A afirmação foi feita durante o discurso que fez na cidade de Palotina (PR), onde participou da Ampliação do Complexo Avícola da região.

"Quando chegamos com os nossos produtos em todos os países do mundo, significa que estamos sendo competitivos lá, apesar das tarifas de proteção aduaneira que eles usam para entravar o ingresso de produtos brasileiros nos seus mercados. Além disso, ainda tratam a agricultura com subsídios muito grandes", afirmou José Alencar.

Para demonstrar a competitividade do Brasil, José Alencar citou a proteção aduaneira dos Estados Unidos em relação ao algodão e da França ao açúcar brasileiro. "A França protege o açúcar de beterraba com elevadíssimos subsídios, e além dos subsídios, ainda taxa com tarifa aduaneira o nosso açúcar."

Alencar elogiou a atuação das cooperativas no avanço da produção agrícola brasileira. "As cooperativas dão condições para as pequenas propriedades. Aqui por exemplo, a Cooperativa Agroindustrial C. Vale possui mais de 40% de propriedades abaixo de 10 hectares."

Alencar ainda comentou que, no Brasil, é preciso parar de condenar o lucro. "Nós temos que condenar é o prejuízo. Temos que condenar é o fracasso. Temos que aplaudir o lucro, a prosperidade, o crescimento das empresas nacionais, porque se quisermos uma economia forte. Cada uma dessas empresas, por menor que seja, é uma fração importante para a economia do país", acrescentou.

Foram inauguradas, em Palotina (PR), quatro novas estruturas industriais do complexo avícola da Cooperativa Agroindustrial C. Vale. Com as novas unidades em funcionamento, a capacidade de abate aumentará para 300 mil aves por dia.

Atualmente a C. Vale exporta frangos para 22 países, entre China, Rússia, Alemanha, Inglaterra, Itália Japão e Holanda.