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Álcool combústivel era usado na mistura das bebidas

Vladimir Platonow /ABr - 16 de outubro de 2007 - 07:19

A polícia procura outros integrantes da quadrilha que falsificava bebidas alcoólicas em três estados do país. A operação já levou à cadeia sete pessoas – cinco no Rio de Janeiro e duas em São Paulo – e resultou na apreensão de centenas de caixas de uísque, vodca e champanhe, a grande maioria imitando marcas caras e famosas.

As bebidas falsificadas eram fabricadas na cidade de Araruama, na Região dos Lagos do Rio, e vendidas para restaurantes, boates, hotéis e grandes eventos. De acordo com as informações passadas à polícia pelos investigados, as misturas eram feitas de corantes e álcool hidratado, do mesmo tipo vendido em postos de combustíveis.

O chefe de Polícia do Rio de Janeiro, Gilberto Ribeiro, afirmou ontem (15) que o próximo passo é verificar se houve participação dos funcionários dos estabelecimentos comerciais na compra das bebidas, que por conter álcool combustível – composto por metanol - pode prejudicar a saúde e levar a problemas graves, chegando à cegueira. “Os crimes podem levar a uma pena de 29 anos de prisão e se ficar provada má fé dos que compraram, também vão responder judicialmente”.

Segundo Ribeiro, alguns dos envolvidos contaram que já estavam trabalhando no ramo de bebidas há 15 anos. Os rótulos, as caixas e o lacre do Imposto sobre Propriedade Industrial (IPI) eram produzidos em uma gráfica montada na casa de um dos envolvidos, na cidade de Maringá (PR). Através de um computador apreendido, a polícia espera rastrear os negócios da quadrilha, chegando a mais participantes.

O titular da Delegacia de Repressão aos Crimes contra Propriedade Imaterial (DRCPIM), delegado Ângelo Ribeiro de Almeida Júnior, disse que todos os que compraram as bebidas falsificadas serão chamados a depor.

A delegada substituta da DRCPIM, Valéria de Aragão Sadio, informou que o volume total de dinheiro movimentado pela quadrilha ainda está sendo apurado, mas eram altas somas de dinheiro. Ela revelou que só um dos integrantes considerado de nível mais baixo da organização, responsável pela tarefa de arrecadar garrafas vazias, recebia R$ 1,5 mil por semana.

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