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Alcides Silva: Língua portuguesa, inculta e bela!

Alcides Silva - 19 de abril de 2011 - 10:39

Páscoa

A Páscoa é um evento religioso cristão, considerado como a maior e a mais importante festa da Cristandade. Na Páscoa os cristãos celebram a Ressurreição de Jesus Cristo depois da sua morte por crucificação.
A palavra Páscoa veio do aramaico pashã, (hebráico pesah; grego páska) e chegou até nós pelo latim pascha,ae. O sentido original de pashã é nebuloso: para alguns pásah significaria claudicar, saltar e era uma dança cultual – ‘mancar com as duas pernas’ - (1Rs. 18,21); para outros, a palavra era relacionada com a passagem do sol pela constelação de áries, o ponto vernal, e uma comemoração dos pastores nômades da mudança de estação (daí, a palavra pascùa significar em latim pastagens, prado); para outros mais, celebrações em memória do êxodo, a fuga dos hebreus do Egito (Ex. 12,42). Todas, porém, realizadas na primeira lua cheia da primavera (hemisfério norte), ou a primeira lua cheia do outono (hemisfério sul).
A páscoa judaica, a festa mais importante do calendário hebraico, foi instituída para comemorar a passagem do anjo que exterminou os primogênitos – pessoa ou animal – dos egípcios. Durante sete dias, o trabalho era proibido, comia-se pães ázimos e imolava-se um cordeiro macho. Comemoravam-na não só os judeus, mas também os estrangeiros que, pela circuncisão, se agregassem ao povo de Israel.
Os cristãos celebram nela a Ressurreição de Jesus Cristo. Foi na ceia pascal anterior ao seu suplício e morte na cruz, que Ele instituiu o sacramento da Eucaristia, quando: “tomou um pão e, tendo pronunciado a bênção, o partiu, distribuiu aos discípulos, e disse: “Tomem e comam, isto é o meu corpo”(Mt. 26,28). Por isso, Cristo, no ritual da missa, antes da comunhão, é chamado de “Cordeiro de Deus”- Agnus Dei.
A Páscoa não tem data fixa no calendário gregoriano. Também não o tinha nos demais. Ocorre no domingo da primeira lua cheia após o equinócio de março (igual duração do dia e da noite, normalmente dia 21), que marca o começo da Primavera no Velho Mundo (Outono, nas Américas). primitivamente tido como início do ano.
Os ovos de páscoa – que a lenda diz serem postos pelo coelho pascal – constituem vestígios dos antigos ritos da fertilidade – tanto o coelho como o ovo a simbolizam desde os rituais pré-mosaico – representada pelo renascer das pastagens logo ao início da primavera no hemisfério norte. Antigamente, eram ovos de verdade, de aves, pintados com a simbologia da opulência e da fartura; preferencialmente, eram os primeiros colhidos na nova estação: hoje, são guloseimas de chocolate, muitos com recheios de balas e bombons, outros com presentes infantis.
O domingo posterior à Páscoa (Domingo da Oitava da Páscoa) é denominado de Pascoela (isto é, pequena páscoa); antigamente era chamado de Quasímodo, palavras iniciais do ‘Intróito’ da missa desse dia: “Quasi modo geniti infantes: alleluia... (“Como recém-nascidos, aleluia, desejai sinceramente o leite [espiritual], aleluia, aleluia, aleluia”).
Na linguagem popular quasímodo é o indivíduo monstruoso, mostrengo, muito feio, disforme. Isso porque, esse o nome que o notável escritor francês Victor Hugo deu ao seu horrendo, corcunda, porém famoso personagem de um dos mais célebres romances universais, “Notre-Dame de Paris”.

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