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Alcides Silva: Língua portuguesa, inculta e bela!

Alcides Silva - 01 de julho de 2008 - 09:00

Língua portuguesa, inculta e bela
Alcides Silva
Suicidar-se
Paixão pelo Latim ou esnobismo filológico, talvez mais este que aquele, vivo aqui a procurar o étimo de palavras que andam ou andaram na moda. Aliás, o termo “esnobismo”, embora não tenha paladar romano, também merece busca em sua raiz: esnobe + -ismo; do inglês ‘snobbism’. De origem obscura, parece ter sido nome de um frívolo que bajulava exageradamente os poderosos e desprezava os humildes, de onde proviera. Sua fonte histórica remonta a 1781, segundo Houaiss.
Tenho repetido toda vez em que me surge a oportunidade, que a língua é dinâmica e evolutiva, e que muitas palavras, com o passar do tempo, têm o sentido original alterado, chegando, inclusive, a exprimir idéias completamente diversas das contidas na significação primitiva, e até contrárias. A palavra formidável é um exemplo clássico. Antes significava terrível, pavoroso, temível, hoje tem o valor de “muito bom, muito bonito; admirável, excelente, magnífico”.
“Êxito” que no passado era conseqüência, efeito, fim, hoje é “resultado feliz”, “sucesso”. Aliás, “sucesso” também está perdendo seu significado primitivo de acontecimento, aquilo que sucede, evento, para ser sinônimo de “êxito”, de “sorte”, de “resultado favorável”, de “acontecimento feliz”.
Outras curiosidades da evolução semântica: “hipócrita”, do grego hypokrités, pelo latim, hypocrita era o nome que se dava ao “ator”, ao “intérprete”, ao “artista”; hoje é o adjetivo que qualifica uma pessoa fingida, falsa, impostora; “caderno”, do latim quaternum perdeu o sentido primitivo de ‘folha de papel dobrada em quatro’; “pedagogo” era o escravo que levava as crianças à escola (do grego paidagogós [paídes>menino – ago> qualificativo do escravo-pajem]); secretário, originariamente ‘depositário dos segredos’, ‘confidente’. O verbo “chegar” veio do latim plicare, que etimologicamente significa “dobrar”: os navios ao aproxima-se do porto onde ancorariam, dobravam as velas. A evolução da palavra começou com o abrandamento do grupo pl em ch, (como de pluvia veio a chuva) e do c em g. Depois, veio a alteração semântica do sentido (idéia) da palavra dobrar>chegar.
Tudo isso me vem à mente quando leio frases que contenham o verbo “suicidar-se”. É ou não um pleonasmo? A etimologia indica que suicidar é “matar a si próprio” (do latim sui = a si + cida, ae <. caedere grande mortic pelo estudo hist da palavra seria dispens o pronome reflexivo mas na l atual isso n verdadeiro. ningu fala suicidou se e irrevers que praticamos. verbo pronominal. aqui tamb houve uma transforma sem elemento sui si perdeu seu valor reflexivo. m lago nas suas deliciosas linhas cravadas livreto de pequeninos contos publicado em contou a um professor portugu matou ao descobrir ad esposa tra deixou escrita raz gesto: suicidou-me>

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