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Alca: ministro diz que houve equilíbrio nas negociações

Janaina Almada/ABr - 21 de novembro de 2003 - 13:52

Todos os 34 ministros do continente americano reunidos em Miami (EUA), para negociar a criação da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA), encerraram a cúpula um dia antes do previsto com um aparente consenso.

De acordo com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, houve um ponto de equilíbrio nas negociações. “Todos saíram razoavelmente satisfeitos e isso é muito bom. Eu tenho confiança de que nós criamos condições para ter isso. Não é garantia do êxito, mas nós vamos batalhar para isso”, explica Amorim, lembrando que no encontro em Miami, cidade candidata para ser sede da futura Alca, “todos cantaram uma mesma canção, onde houve uma boa química entre os países.”

Durante o encontro, foi assinada a Declaração de Miami, que propõe negociar durante 2004 uma ALCA flexível, porém menos ambiciosa que o projeto inicial, uma vez que exclui questões essenciais para o Brasil como a eliminação de subsídios agrícolas para a exportação e a lei anti-dumping. Brasil e Estados Unidos, que co-presidem essa etapa das negociações, adiaram para fevereiro a próxima reunião do comitê de negociações comerciais que discute as questões mais litigiosas.

Essa nova ALCA, apelidada de 'light e anoréxica', permitirá que os países possam manter diferentes níveis de compromisso. Resta saber se países que se implicarão menos, como o Brasil, que não quer discutir na ALCA temas como investimentos ou compras governamentais, irão perder em outras áreas.

O acordo de Miami foi considerado positivo pela delegação brasileira liderada por Amorim. Segundo ele, o resultado da conferência foi superior ao esperado. “Esse foi um resultado equilibrado e permite que nós continuemos a avançar respeitando as sensibilidades e complexidades que existem entre os vários países”.


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