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Al-Quaeda torna-se suspeita dos atentados espanhóis

Agência Brasil - 12 de março de 2004 - 10:27

A Espanha amanheceu sob luto oficial de três dias, ainda sem saber o autor dos atentados em estações de trem da capital, Madri,que provocaram a morte de quase duzentas pessoas. Mais de 1.400 feridos ainda recebem tratamento nos diversos hospitais da cidade.

"Nós estamos falando de um ataque terrorista horrendo, não me peça para brincar de loteria", disse em entrevista coletiva o primeiro-ministro espanhol Jose Maria Aznar, se recusando a especular sobre a autoria dos atentados.

Durante todo o dia de ontem, autoridades do governo espanhol deram declarações nas quais atribuíam o ataque ao grupo separatista basco ETA, que marca a sua luta pela independência da região ao norte da Espanha com ataques terroristas. À noite, a Al Quaeda, de Osama bin Laden também estava sob suspeita.

Angel Acebes, ministro espanhol do Interior, disse hoje que o Eta continua sendo o principal suspeito, mas que a polícia espanhola não está descartando nenhuma possibilidade, inclusive a de que as bombas tenham sido colocadas nos diversos trens por terroristas árabes.

Acebes informou que foram 10 explosões coordenadas que atingiram quatro trens metropolitanos em três diferentes estações na zona sul de Madri: Atocha, a mais movimentada da capital, Santa Eugênia e El Pozo. Outras três bombas foram encontradas intactas. Tudo aconteceu pouco antes das 8h(5h da manhã em Brasília), quando milhares de espanhóis estavam se deslocando para o trabalho e para as escolas.

Especulações

Embora as primeiras suspeitas tenham recaído sobre o ETA, as agências internacionais especulam que a ação não se parece muito com os ataques do grupo separatista basco. Normalmente são ataques com poucas vítimas e o ETA costuma avisar antes das explosões e assumir logo a autoria dos atentados. No mais violento ataque do ETA - a explosão de um supermercado em Barcelona, em 1987 - 21 pessoas morreram.

A Al Quaeda de Osama bin Laden passou também a ser suspeita depois da descoberta de detonadores de explosivos e de fitas contendo lições do Corão, o livro sagrado dos muçulmanos, em uma van, em um subúrbio de Madri. O veículo havia sido roubado há uma semana.

A imprensa internacional também lembra que a Al Quaeda prometeu se vingar dos Estados Unidos e dos demais países da força de coalizão que invadiu o iraque. A Espanha foi um aliado de primeira hora.

Segundo informações da rádio BBC, em mensagem por correio eletrônico ao jornal árabe Al-Quda Al-Arabi, com sede em Londres, o grupo de bin Laden teria assumido os ataques.

A imprensa espanhola também faz outro tipo de especulação para fortalecer a hipótese da culpa da Al Quaeda: os atentados em Madri ocorreram 911 dias depois dos ataques de Nova York e Washington. Em inglês, 11 de setembro , data dos atentados assumidos pela Al Quaeda, é grafado 9/11( com o número correspondente ao mês antes daquele relativo ao dia).

As informações são das agências internacionais

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