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Ajuste fiscal de janeiro a maio é o maior desde 91

Stênio Ribeiro / ABr - 27 de junho de 2005 - 15:11

O setor público registrou, nos cinco primeiros meses do ano, um superávit primário de R$ 50,326 bilhões. Isso quer dizer que, sem considerar o gasto com juros, o país gastou R$ 50 bilhões a menos do que arrecadou, de janeiro a maio. O valor corresponde a 6,6% do Produto Interno Bruto (PIB) – que é a soma das riquezas produzidas no país. O resultado é o maior do período desde que o cálculo começou a ser feito, em 1991.

No entanto, o resultado nominal – que considera o pagamento de juros – mostra que as contas públicas tiveram um rombo de R$ 14,568 bilhões. O valor equivale a 1,9% do PIB.

Somente no mês de maio, o superávit primário ficou em R$ 6,314 bilhões. O resultado também o maior para um mês de maio, quando normalmente o superávit cai, por causa da entrada em vigor do reajuste anual do salário mínimo, de acordo com o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes. O diretor fez hoje (27) o anúncio dos resultados.

O superávit primário (saldo entre arrecadações e despesas, menos juros) do governo federal inclui Tesouro Nacional, Instituto Nacional do Seguro Social e Banco Central. Nessa esfera, o superávit ficou em R$ 2,214 bilhões. Os estados e municípios contribuíram com R$ 2,751 bilhões e as empresas estatais registraram saldo de R$ 1,359 bilhão.

Altamir explicou que no acumulado de junho/2004 a maio deste ano o superávit primário contabiliza R$ 93,171 bilhões, ou 5% do PIB. Bem acima, portanto, da meta de saldo de 4,25% do PIB neste ano, que corresponderia hoje a R$ 79,2 bilhões. Existe, pois, uma sobra de R$ 14 bilhões.

No acumulado do ano, o governo central contribui com saldo de R$ 34,351 bilhões (4,5% do PIB), os governos regionais com R$ 12,005 bilhões (1,6% do PIB) e as estatais com R$ 3,970 bilhões (0,5% do PIB). Números aparentemente grandes, mas insuficientes para cobrir a despesa com juros, que chegaram a R$ 13,711 bilhões em maio e a R$ 64,895 bilhões no ano.

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