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AIDS: Tratamento adequado garante vida saudável

Cecília Jorge / ABr - 15 de novembro de 2004 - 14:12

As crianças que têm aids e recebem tratamento adequado têm boa qualidade de vida. Segundo o médico Edvaldo de Souza, do Instituto Materno-Infantil de Pernambuco, "a expectativa de vida depende da adesão ao tratamento. Essas crianças, mesmo doentes, recuperam a imunidade e levam uma vida normal, freqüentando a escola e participando das atividades recreativas, de lazer, culturais", diz o médico.

Segundo ele, um dos principais problemas enfrentados por essas crianças é a falta de perspectiva de vida. Muitas passam pela perda do pai ou da mãe, que também tinham o vírus. "Em muitos casos, quem cuida da criança não exige muito dos estudos por acreditar que ela não vai sobreviver à doença", conta Edvaldo de Souza.

À medida que a criança cresce, surgem as dúvidas quanto à sexualidade, casamento e filhos. Por isso, Edvaldo de Souza explica que o tratamento da doença precisa vir acompanhado de uma assistência psicossocial.

Estima-se que, a cada ano, um contingente de 4 milhões de jovens torna-se ativo sexualmente no Brasil. Além do início precoce da vida sexual, Edvaldo de Souza cita a intensificação do consumo de drogas, a prostituição infanto-juvenil e o abuso sexual.

De acordo com Edvaldo de Souza, uma das principais dificuldades é conseguir manter o jovem no tratamento. "A adolescência é um período com características particulares de não seguir as regras".

Com o tratamento adequado, os portadores do HIV podem ter vida sexual saudável e até mesmo filhos. Para os homens soropositivos, Edvaldo de Souza disse que o método mais seguro é a fertilização in vitro, depois que o esperma passar por um processo de "lavagem" para retirar qualquer resíduo do vírus. Para as mulheres soropositivas, recomenda-se a inseminação artificial. "Esse ano, uma das vitórias da rede nacional de soropositivos foi conseguir no Sistema Único de Saúde a reprodução assistida", lembrou Souza.

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