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Agrotóxico contrabandeado iria para o Chapadão, diz PRF

Fernanda Mathias/Campo Grande News - 28 de setembro de 2006 - 08:07

A PRF (Polícia Rodoviária Federal) fez ontem à noite em Paranaíba uma apreensão histórica de defensivos agrícolas contrabandeados do Paraguai: duas toneladas de produtos, elevando para cinco toneladas o total apreendido este ano. O alerta do Sindag (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola) intensifica neste período suas campanhas contra os produtos contrabandeados, devido ao início do plantio da safra de soja, em outubro.

A mercadoria apreendida ontem estava distribuída em 8829 pacotes. Foram apreendidos os seguintes defensivos: fungicida Quazar 80 WP, fabricado na China e usado para o trigo, soja, arroz; Azoxy-bem 80%, para feijão e tomate e os inseticidas Acción Plus, de fabricação chinesa; Iniseed 70 WS, também de fabricação chinesa usado para soja, trigo e arroz e o inseticida Maestro, usado na soja e algodão. No caso do Azoxy-bem 80%, a própria embalagem indica alto nível de taxa toxicológica.

Os produtos foram escondidos no compartimento de ferramentas do Mercedes Benz de placas HQR5638 – Alto Paraíso (PR). Os policiais rodoviários federais encontraram pontos de solda e desconfiaram, desparafusando o compartimento. O condutor do caminhão, o músico Odair Francisco Silva Paes, 29 anos, confessou que receberia R$ 1,5 mil para transportar o produto de Presidente Prudente (SP) a Chapadão do Sul. Chapadão do Sul se destaca na produção de algodão, uma cultura altamente tecnificada e que exige grandes investimentos pelo produtor em defensivos. Condutor, caminhão e carga foram encaminhados para a Delegacia de Polícia Federal em Três Lagoas.
No ano passado a PRF apreendeu 10 toneladas de agrotóxico. A compra de produto contrabandeado ocorre historicamente, estratégia usada para baratear os custos da lavoura. Porém, o Sindag alerta que, além de muitas vezes não produzir o efeito necessário, fazendo com que o produtor tenha gasto duplo, os produtos também podem trazer problemas às lavouras.

A entidade alerta sobre os crimes cometidos na compra do produto contrabandeado: crime ambiental, infração à lei dos agrotóxicos, contrabando e sonegação fiscal.

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