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Agrônomo de MS remarca bilhete e sobrevive ao vôo 3054

Graciliano Rocha/Campo Grande News - 18 de julho de 2007 - 10:55

Adilson Nascimento diz que agora é "renascimento"Arquivo pessoal
Adilson Nascimento diz que agora é "renascimento"Arquivo pessoal

O agrônomo Adilson Nascimento dos Santos, 30, passou a acreditar em destino ontem à noite. Ele deveria pegar o vôo JJ-3054, da TAM, em Porto Alegre, mas acabou tendo a passagem remarcada para o vôo seguinte, das 17h43 (horário de Brasília).

O Airbus A-320, que fez o vôo 3504, caiu numa manobra de aterrissagem na pista de Congonhas (SP) e explodiu com 186 pessoas a bordo, após bater em um depósito de cargas.

“No vôo seguinte, o comandante nos informou que havia um ‘pequeno’ acidente em Congonhas, mas não detalhou, acho que nem ele sabia direito. Só quando descemos em Curitiba, numa escala que não estava programada, é que ligamos os celulares que fomos nos dar conta do que tinha acontecido. Os celulares de todo mundo começaram a tocar”, conta. Ele conversou com o Campo Grande News ainda no aeroporto de Congonhas, à espera de novo vôo para o seu destino final, Brasília.

“Meu irmão que tinha me levado no aeroporto, já estava voltando lá atrás de notícias, ele estava com a voz embargada”.

Adilson deveria ter tomado o vôo da TAM das 16h20, mas chegou atrasado para o check-in e seu bilhete foi remarcado para o 3504, que deveria decolar às 16h55 (e saiu de Porto Alegre apenas às 17h16). Minutos depois, a companhia perguntou se podia transferi-lo novamente para o vôo seguinte, o das 17h43.

“A moça do check-in me disse que tinha que embarcar uma equipe de comissários e me perguntou se eu poderia mudar para o vôo seguinte, como não ia mudar o meu horário da minha conexão em SP para Brasília, acabei aceitando”, relata.

Adilson vive hoje em Porto Alegre. Ele é funcionário da Agraer (agência estadual de assistência técnica rural) lotado em Ponta Porã, a 335 km de Campo Grande. O agrônomo está gozando uma licença não-remunerada de três anos para fazer um curso de mestrado na UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).

“Tenho de mudar o nome: ao invés de Nascimento, agora tem de ser Renascimento”, diz, aliviado.

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