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Agronomia de Cassilândia identifica plantas medicinais

Anamari Viegas de Araujo Motomiya; Rita de de Cássia Souza Polezzi - 30 de agosto de 2004 - 16:23

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Com o objetivo de identificar as plantas medicinais existentes, cultivadas e utilizadas pela comunidade de Cassilândia, o Curso de Agronomia da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, iniciou o Projeto de Extensão “Identificação, uso e cultivo de plantas medicinais”. Coordenado pela Professora Anamari V. A. Motomiya, com a colaboração da Professora Rita C. S. Polezzi, o projeto conta com a participação de acadêmicos do curso de Agronomia da UEMS, professores e alunos da Escola Estadual Rui Barbosa (na fase inicial), e professores e alunos da Escola Estadual de Cassilândia (CEC).
As principais atividades desenvolvidas no projeto são: elaboração de herbários com plantas medicinais coletadas na região; estudo de técnicas de manejo ecológico e controle de pragas que atacam as plantas medicinais e montar um “horto de plantas medicinais” na Escola Estadual de Cassilândia e no Campus da UEMS .
Atualmente, o aproveitamento dos recursos naturais assumiu valor estratégico tanto para instituições governamentais quanto privadas. Como resultado, o trabalho de reconhecimento, preservação e estudo de espécies vegetais merece atenção especial dos países em desenvolvimento e do chamado 1º mundo. Cientistas reconhecem que as matas, especialmente na América Latina, guardam o segredo da cura de muitas enfermidades. O Brasil é um dos países com maior biodiversidade do mundo. Quanto maior o número de espécies, maior o potencial de novos medicamentos. No Brasil, este potencial está quase todo a ser descoberto.
O estudo de plantas medicinais inclui, a botânica, que contribui com informações básicas para outras áreas de atividades, complementando-as. Levantamentos etnobotânicos são fundamentais para o conhecimento e o estudo de plantas com finalidades medicinais. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) estimam que aproximadamente 80% da população dos países em desenvolvimento utilizam, para atendimento primário da saúde, especialmente a medicina tradicional, da qual a maior parte envolve o uso de extratos vegetais ou seus princípios ativos. Para o uso das plantas medicinais, pode-se preparar infusões com plantas secas, tinturas, compressas, pomadas e soluções para banho.
O uso de plantas medicinais, entretanto, deve ser realizado com critérios. As plantas utilizadas devem ser bem conhecidas e corretamente identificadas, com dosagens moderadas e bem determinadas, evitando-se os excessos.
Atualmente, tem aumentado o interesse pelo cultivo de espécies medicinais e aromáticas também pelo seu aspecto econômico, principalmente na melhoria da renda familiar de pequenos agricultores, que podem ter uma opção a mais na diversificação de atividades na propriedade rural. Com a disseminação do uso e cultivo de plantas medicinais, espera-se que, desde a população mais carente quanto a mais abastada, possa se utilizar dos benefícios que esta rica farmácia natural pode promover na saúde e bem estar humano.
É importante salientar que o uso de medicamentos fitoterápicos seja indicado e acompanhado por um especialista da área.

Autoria:Anamari Viegas de Araujo Motomiya; Rita de de Cássia Souza Polezzi

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