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Agora posso viver como "pessoa normal”, desabafa filha de Delcídio

Fernanda Mathias, Campo Grande News - 12 de maio de 2016 - 15:05

Filha de Delcídio, Maria Eduarda Amaral: "estávamos atolados de contas" (Foto: Reprodução Facebook)
Filha de Delcídio, Maria Eduarda Amaral: "estávamos atolados de contas" (Foto: Reprodução Facebook)

Maria Eduarda Amaral, 21 anos, filha do ex-senador, Delcídio do Amaral, cassado na noite da última terça-feira (10), Maria Eduarda Amaral, usou o Facebook para desabafar e expor como a família vem lidando com os últimos episódios que culminaram em denúncias, prisão do senador e a reação popular, após a investigação da Operação Lava Jato. Ao fim, ela comemora e agradece o afastamento do pai da política.

“Ter meu pai de volta e a minha família unida novamente é algo que não tem preço. Obrigada por agora me permitir viver como uma pessoa normal, sem ser tratada como filha de um homem público, por me permitir fazer as coisas sem medo, sem dever explicações a ninguém.”

Em um longo relato, Maria Eduarda mostra seu ponto de vista sobre a trajetória do pai e revela a política como uma paixão que a obrigou a se costumar com a ausência dele no ambiente familiar, mencionando situações como viagem de família que teve de abandonar para atender convocação da Presidência.

“Deixou de novo a família, os amigos, deixou uma viagem que já havia sido paga e foi vestir a camisa... Foi exercer o que fazia o coração dele pulsar”. A filha de Delcídio também relata a angustia com a qual acompanhou a prisão do pai, o defende de apropriação de dinheiro público e justifica o patrimônio: “Nós estávamos atolados de contas para pagar e com problemas financeiros (problemas que meu pai acabava escondendo da gente, afinal ele sempre se desdobrava pra oferecer uma vida legal pra nossa família). Nesse momento, foram as nossas fazendas que nos ampararam. Patrimônio que minha vó e meu pai cuidam com carinho há anos”.

Fala sobre como Delcídio padeceu fisicamente após a prisão e reclama de violentos ataques que recebeu pelo celular, com injúrias e mesmo ameaça de agressão. Ao finalizar o depoimento, mostra alívio: “Ontem deram fim aos meses em que eu espalhava sorrisos mas sofria e agonizava por dentro. É um sofrimento que pouquíssimas pessoas vão saber interpretar”.

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