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Agepen proíbe visitas de crianças a presos em todo o MS

Humberto Marques/Campo Grande News - 09 de agosto de 2006 - 21:34

A entrada de crianças nos horários de visitas neste fim de semana, quando é comemorado o Dia dos Pais, está “terminantemente proibida” em todas as unidades prisionais de Mato Grosso do Sul. A informação partiu do diretor-presidente da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), Luiz Carlos Telles Júnior, justificando a decisão por seu caráter “preventivo”. Além da proibição da presença de menores nas penitenciárias estaduais – atualmente em vigor apenas nas unidades onde ocorreram rebeliões em maio – o diretor confirmou que a segurança será reforçada durante as visitas neste final de semana, diante da ameaça de rebeliões e motins, comandados por facções criminosas.

Telles considera que a proibição não irá acarretar problemas perante os detentos. “Um final de semana não irá prejudicar o visitante. Temos de proteger a integridade das pessoas”, sustentou o diretor-presidente da Agepen. Além do veto à entrada de crianças, também foi definido um horário diferenciado para visitas neste fim de semana, para as Penitenciárias de Segurança Máxima de Campo Grande e Dourados – as maiores e que mais sofrem com a superlotação em Mato Grosso do Sul.

No sábado (12 de agosto), o primeiro horário de visitas será realizado das 8h30 às 11h30, para o Pavilhão 1 da Máxima da Capital e o Raio 2 do presídio Douradense. No mesmo dia, será permitida a entrada de visitantes das 13h30 às 16h30, no Pavilhão 3 (Campo Grande) e Raio 4 (Dourados). As visitas no domingo (13 de agosto) acontecerão também das 8h30 às 11h30, no Pavilhão 2 (Máxima de Campo Grande) e Raio 1 (Dourados); e das 13h30 às 16h30 para o Pavilhão 4 (Capital) e Raio 3 (Dourados).

Transferências – Telles também negou que serão realizadas transferências de detentos entre as unidades prisionais de Mato Grosso do Sul nos próximos dias. Isso significa que os 69 internos que vieram para Campo Grande (oriundos de Corumbá, Dourados, Naviraí, Ponta Porã e Três Lagoas) após as rebeliões de 14 de maio, assim como os 117 detentos que estão em Naviraí, devem permanecer nos presídios onde estão. “São internos com atos de indisciplina, que continuam e vão permanecer onde estão”, sublinhou o diretor da Agepen.

Dinheiro – Os recursos para a reforma do EPSM (Estabelecimento Penal de Segurança Máxima de Campo Grande) já estão disponíveis, faltando apenas o encaminhamento dos documentos finais para assinatura do convênio entre a Agepen e a Caixa Econômica Federal. A partir daí, segundo Luiz Telles, será iniciado o processo para contratação da empresa que promoverá as obras no presídio, que não têm data para serem iniciadas. A agência receberá R$ 2,352 milhões para a execução dos serviços de restauração da unidade prisional – praticamente destruída depois do motim de maio.

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