A Agepan (Agência Estadual de Regulação) deve intervir pela manutenção do programa Energia Extra, suspenso dia 1º de fevereiro pela Enersul e que possibilitava que as indústrias de Mato Grosso do Sul comprassem energia mais barata nos horários de pico de consumo.

A concessionária respondeu aos questionamentos da agência reguladora sobre o fim do programa e as alegações serão submetidas à diretoria de fiscalização da Agepan. Depois disso, segundo o diretor da agência, Anízio Tiago, será marcada uma reunião com a Enersul para que seja encontrada uma forma da Energia Extra ser restabelecido para as indústrias do Estado.
A Agepan quer confrontar dados sobre fornecimento de energia em anos anteriores para confirmar ou não se a alegação de falta de energia, para suspensão do programa, é procedente. Para a Fiems, que pediu a intervenção da Agepan, a suspensão do programa pode trazer prejuízos.

Em comunicado enviado aos grandes consumidores do Estado, a Enersul alegou que iria pôr fim ao programa devido à disponibilidade de energia do Proinfa - Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia – estar muito aquém dos valores programados originalmente pela Eletrobrás.

Além disso, a concessionária de energia aponta ainda a inexistência de oferta de energia para 2008 no leilão realizado no dia 6 de dezembro do ano passado e a elevação sensível dos preços de curto prazo em função do baixo volume de chuvas verificado a partir de outubro de 2007 nas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste, atingindo, no momento, patamares acima de R$ 500 por MegaWatts/hora (MWh).