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Agências da Previdência serão equipadas com detector

Cleide Lopes Vieira /A Voz do Brasil - 17 de setembro de 2007 - 06:45

Brasília - Cerca de 1.400 agências da Previdência Social em todo o país estarão equipadas com detectores de metais até o início de dezembro. A medida visa a garantir a segurança dos servidores, especialmente os peritos médicos, que têm sido vítimas de constantes agressões. Os equipamentos já foram adquiridos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Os contratos serão assinados até o dia 1º de outubro e as empresas terão, no máximo, 60 dias para instalar os equipamentos.

Inicialmente, os detectores seriam instalados apenas nas agências das grandes regiões metropolitanas, por causa do grande movimento e do maior risco de conflito entre segurados e servidores. No entanto, o assassinato, por um desempregado, do perito médico José Rodrigues de Sousa numa agência da Previdência em Patrocínio, no interior de Minas fez com que o ministro da Previdência Social, Luiz Marinho, decidisse instalar os equipamentos em todas as agências.

Segundo o presidente do INSS, Marco Antônio Oliveira, o pedido de benefício por incapacidade é o serviço que mais cresce na Previdência. Eles são responsáveis por 60% dos novos requerimentos que chegam ao INSS. "Isso dá uma idéia da relevância da área". Para examinar os pedidos, o instituto tem 5 mil profissionais que fazem mensalmente cerca de 570 mil perícias, 34 mil por dia, informou Oliveira.

Ele lembrou que por essa razão, além de aumentar a segurança nas agências, uma campanha foi lançada para esclarecer a
população sobre quem tem direito ao benefício e o papel do perito. "Mais relevante do que a aquisição desses equipamentos de segurança, ou das ações e parcerias com os órgãos de segurança pública, é a realização dessa campanha".

De acordo com Marco Antônio Oliveira, boa parte dos conflitos existentes hoje nessa área se deve a uma certa confusão. "Muita gente procura o INSS em busca do auxílio-doença, pelo simples fato de estar doente.O papel do perito então não é verificar se o servidor está ou não doente, mas sim se a doença que ele alega ter o incapacita para a atividade profissional".

Ele explicou que essa é a primeira medida de um conjunto de ações emergenciais de segurança. "Paralelamente a isso haverá um reforço da vigilância pessoal dos peritos, com a renovação dos contratos e a previsão de mais de mil novos postos distribuídos por toda a rede.

Também serão instalados alarmes e câmeras nos consultórios de perícia médica. Além disso, toda a rede do INSS vai passar por uma adaptação nos gabinetes dos peritos. Há uma demanda para que sejam criadas rotas de saída e a instalação de alarmes sonoros", esclareceu.

O presidente do INSS disse que a previsão de investimentos com a instalação dos detectores de metais era, inicialmente de R$ 8 milhões. "Mas, com o pregão, conseguimos comprar os equipamentos por R$ 3 milhões".

A campanha de esclarecimento sobre o auxílio-doença e a perícia médica começou a ser veiculada nas emissoras de televisão na última sexta-feira (14). Nas rádios, a veiculação começa amanhã (17).


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