O superintendente federal de Agricultura, José Antônio Felício, explicou esta manhã que os técnicos do Ministério da Agricultura, que chegaram na noite de ontem em Campo Grande, já estariam de posse do resultado de sorologia feita em bovinos de Eldorado, Japorã e Mundo Novo, mas que esta manhã deverão interpretá-los, considerando fatores que seriam determinantes para o resultado.

Um deles é a localização em que se coloca as propriedades, entre as chamadas focos (onde ocorreram casos de febre aftosa) e a contato, no entorno. A distância está diretamente relacionada aos percentuais de segurança, segundo ele. Serão passadas as coordenadas de 68 propriedades.

Além disso, há informações extra-oficiais que dão conta de que animais teriam sido imunizados pelos proprietários antes da coleta de amostra e isso não teria sido informado ao técnico que fez a coleta. A vacinação pode interferir no resultado. Dependendo da interpretação, afirma Felício, será feita tabulação e apresentação das informações aos técnicos da SFA, no início da tarde de hoje. Uma das conclusões a qual os técnicos podem chegar é a necessidade de coleta de material (da faringe) para o exame pró-bang. Outro método, igualmente eficaz, o exame epitelial não é possível neste momento, porque não há animais com sintomas, como cascos partidos ou feridas na boca.

O resultado da sorologia vai ser determinante para a economia do Estado que amarga drásticos efeitos dos focos, constatados em outubro, até hoje. Somente agora a arroba do boi começa a se recuperar no mercado interno e o comércio a reagir. São estimadas cerca de 10 mil demissões desde a ocorrência da doença, em Mato Grosso do Sul.