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Aftosa: MS estuda suprimir etapa de vacinação

Fernanda Mathias / Campo Grande News - 04 de agosto de 2005 - 13:49

Vencidas as etapas de controle, erradicação, sem registro de casos de aftosa desde 1999, Mato Grosso do Sul poderá suprimir uma das três etapas da imunização, o início de um caminho que será percorrido rumo ao status de área livre de febre aftosa sem vacinação. Esta é a condição para ingressar em mercados importantes como o Japão e os Estados Unidos.
O diretor-presidente da Iagro (Agência Estadual de Defesa Animal e Vegetal), João Cavalléro, é cauteloso ao falar sobre o assunto, mas admite a possibilidade de suprimir a etapa de vacinação de fevereiro, que atinge animais de 0 a 12 meses, passar a de novembro, que vai de mamando a caducando, para maio e a de maio, envolvendo animais de 12 a 24 meses, para novembro.
A proposta, que é um pleito antigo do setor produtivo, ainda é discutida com entidades representativas da classe como Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul) e Famasul (Federação da Agricultura de Mato Grosso do Sul), foi apresentada no CESA (Conselho Estadual de Sanidade Animal) e será submetida a sociedade. Cavallero destaca que nos últimos anos os índices de vacinação atingidos por Mato Grosso do Sul, sempre superiores a 95%, aliado ao reconhecimento do Paraguai com área livre de febre aftosa e as barreiras naturais com a Bolívia, dão mais tranqüilidade quanto ao status que o Estado adquiriu.
“Precisamos agora avançar no processo de lidar com a febre aftosa. Nós trabalhamos no mesmo modelo de 1994, já erradicamos a doença e trabalhamos como se fosse fase de controle”, explica. Além da própria condição sanitária adquirida, diz, é preciso levar em conta que o pico de parição mudou, assim como o fluxo de comercialização de animais internamente.
A idéia de caminhar no sentido de conseguir status de área livre sem vacinação é avançar em mercados que são mais exigentes e que pagam melhor pela carne bovina, como são os casos do Japão, EUA, Coréia do Sul, México e Canadá. Cerca de 53% de toda carne que o País exporta é procedente de Mato Grosso do Sul.

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