Com a constatação de febre aftosa e suspensão de envio de carnes com osso e animais em pé para outros estados, como São Paulo, a perspectiva é que o preço de hortifrutícolas seja encarecido em 20% em média, em Mato Grosso do Sul, segundo a Ceasa (Central de Abastecimento de Campo Grande).

O presidente do Sindicargas (Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas de Mato Grosso do Sul), Roberto Sinai, explica que os caminhões frigorífico e de animais em pé seguiam para São Paulo com carne e bovinos e voltaram ao Mato Grosso do Sul com produtos hortifrutigraneiros. Com o embargo às carnes com osso e animais em pé 15 mil caminhões estão parados e devem cobrar 20% a mais pelo frete em função disso.

O encarregado administrativo da Ceasa, Éder Caxias, explica que os vendedores locais pagavam em média R$ 1 mil o frete para São Paulo e Paraná, 50% do valor do frete, porque os veículos iam com carne e animais para descarregar nos outros Estados. Agora deverão pagar R$ 2 mil. Preços de alguns produtos já apresentaram expressiva reação, como é o caso da batata, que passou de R$ 30,00 a caixa a R$ 45,00. A perspectiva é que na próxima semana a reação ocorra de forma mais intensa.