A advogada de Uelinton Duarte Azambuja (foto), Clarizete Aparecida Pereira Leal, procurou a rádio Difusora e o Tribuna Livre para esclarecer alguns pontos a respeito do crime cometido por seu cliente na noite do último domingo (5) e também sobre sua apresentação junto à Polícia Civil.

Segundo Clarizete, Uelinton vinha sendo ameaçado de morte constantemente pelo ex-policial Carmelito Pereira do Nascimento. Num sábado, Nascimento mandou uma pessoa bater em Uelinton no salão de baile do Jardim América. No último domingo, por volta das 16h30, seu cliente recebeu uma ligação privada dizendo que ele seria morto. Uelinton registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil comunicando o fato. No mesmo dia, por volta das 19h, Uelinton atirou em Nascimento.

Clarizete afirma que em momento algum seu cliente negou a autoria do crime e que já na manhã de segunda-feira (6), ela estava na Delegacia de Polícia Civil e comunicou o fato, juntamente com familiares de seu cliente. Segundo Clarizete, ela passou todas as informações para o delegado Arivaldo Teixeira e combinou que na quarta-feira (8) seu cliente se entregaria voluntariamente para a polícia e levaria a arma do crime, o que ocorreu.

Uelinton, segundo a advogada, ficou escondido na região e às 10h da manhã de ontem já estava na cidade pronto para se apresentar à polícia, o que ocorreu espontaneamente às 16h. Como o delegado estava ocupado com outras ocorrências, seu cliente só foi ouvido no início da noite, quando relatou tudo o que acontece e entregou a arma.
O delegado Arivaldo Teixeira, que cuida do caso, também falou hoje no Plantão Policial da rádio Difusora sobre o crime. As palavras do delegado confirmam as informações da advogada quanto à autoria do crime e a confissão de Uelinton.

Arivaldo disse que já no momento em que a polícia foi chamada ao local do crime, pelas entrevistas com testemunhas, características do suspeito e ocorrências anteriores de Nascimento e Uelinton, as pistas já estavam bem evidentes. O delegado disse também que 95% do que Uelinton disse em seu depoimento coincide com o que a polícia levantou sobre o caso, faltando apenas alguns detalhes para serem esclarecidos.

Conforme o delegado, a motivação do crime foi o fato de que Nascimento mantinha relacionamento amoroso com uma mulher e foi terminado. Como Uelinton estava mantendo relacionamento com esta mesma pessoa, Nascimento o ameaçava, o que acabou provocando o crime.

A advogada Clarizete também confirma esta versão, dizendo que Uelinton vinha sofrendo forte pressão por parte de Nascimento devido ao relacionamento amoroso que ele mantinha com esta mulher.

Matéria de autoria do  Jornal Tribuna Livre