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Adoção para quem têm família deve ser última opção

Agência Câmara - 03 de dezembro de 2004 - 13:06

A garantia de que as crianças brasileiras possam permanecer junto às suas famílias de origem em vez de serem encaminhadas a abrigos para adoção é um dos principais pontos debatidos pela comissão especial que analisa o projeto da Lei Nacional da Adoção (PL 1756/03), de autoria do deputado João Matos (PMDB-SC).
A Comissão recebeu, contra o texto, considerado polêmico, moções de protestos e cartas com críticas de entidades que lidam com crianças que aguardam adoção. Promotores públicos e entidades alegam que o projeto deve colocar a adoção como última alternativa para menores que têm familiares, incentivando a criação de políticas públicas que ajudem famílias mais pobres, por exemplo, a manter seus filhos.

Mudanças no texto
A presidente da Comissão, deputada Maria do Rosário (PT-RS), disse que as polêmicas são naturais devido à complexidade da matéria. Ela destacou que, como o projeto ainda está em tramitação, há espaço para aperfeiçoar o texto. "São naturais essas ponderações favoráveis e contrárias", avaliou Maria do Rosário, lembrando que a relatora da proposta, deputada Teté Bezerra (PMDB-MT), terá a possibilidade de fazer modificações. "Tenho certeza que a deputada será sensível a essas ponderações, principalmente dos agentes que estão no atendimento direto de crianças e adolescentes nos abrigos. É uma área muito sensível, nós precisamos trabalhar com o direito à família como um direito fundamental da criança, mas a primeira família a que a criança tem direito é a natural", concluiu a parlamentar.

Na próxima quarta-feira (8), a Comissão Especial que discute a Lei Nacional de Adoção reúne-se para elaborar um novo cronograma de atividades. De acordo com a presidente da Comissão, mesmo durante o recesso parlamentar, a intenção é continuar ouvindo os setores envolvidos, em visitas a alguns estados.

Reportagem - Tatiana Azevedo
Edição - Simone Ravazzolli

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