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Geral

Adjunto ocupará interinamente direção-geral da Abin

Cecília Jorge/ABr - 15 de julho de 2005 - 10:15

A exoneração do diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Mauro Marcelo de Lima e Silva, foi publicada hoje (15) no Diário Oficial da União. A exoneração a pedido do ex-diretor foi assinada pelo presidente em exercício José Alencar. O cargo será ocupado interinamente pelo atual diretor-geral adjunto, José Milton.

De acordo com nota do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, o delegado Mauro Marcelo alegou razões pessoais ao pedir demissão. Em nota recente sobre o depoimento de um agente da Abin na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios, o delegado Mauro Marcelo se referiu aos parlamentares como "bestas feras" e à CPI como "picadeiro". O fato provocou reação dos integrantes da comissão, que pediram a demissão de Marcelo, como demonstração de que a opinião do delegado não é compartilhada pelo governo.

Em nota de esclarecimento divulgada na quarta-feira (13), a Abin defende que "ao usar a expressão ‘bestas feras’ no seu sentido figurado de desumano (Houaiss - dicionário eletrônico - Ed. Dez 2001) Marcelo buscou ilustrar a situação vivenciada pelo servidor que ficou exposto ao mundo pela mídia, sem que se considerasse a sua condição funcional e pessoal e, nesse sentido, usou a expressão ‘no picadeiro’".

A nota explica que profissionais de Inteligência, ao desempenharem suas atividades, necessitam ter a garantia de que suas identidades sejam preservadas do conhecimento geral. Por isso, a instituição afirma ter considerado inusitada a convocação do agente Edgar Lange, responsável por investigar denúncia de corrupção nos Correios, para depor na CPI. "Os servidores da Abin nem mesmo cogitavam a hipótese de que Edgar Lange fosse ouvido em sessão pública", diz a nota.

A Abin explica ainda que ao usar essas expressões o diretor-geral teve o objetivo de levantar o moral e estimular a união da equipe. "Em nenhum momento houve a intenção de atingir a imagem dos parlamentares que compõem a CPMI ou o Congresso Nacional", diz a nota.

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