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Geral

Acusados de "Chacina do Cana㔠são julgados em Dourados

Campo Grande News/ Helio de Freitas, de Dourados - 17 de dezembro de 2009 - 13:54

Começou por volta de 9h, no Tribunal do Júri do Fórum de Dourados, o julgamento de Cléber Garces, 26, o “Caiçara”, e Fábio Teixeira Severo, 25, o “Pato Loco”, assassinos confessos de quatro pessoas de uma mesma família, no dia 25 de março de 2007, no Jardim Canaã I. A sala do tribunal está lotada, principalmente por familiares das vítimas e dos réus.

O julgamento é presidido pela juíza Daniela Tardin, de Ivinhema. A acusação está sendo feita pelo promotor João Linhares Junior e na defesa atua um defensor público. Quatro policiais civis foram as primeiras testemunhas de acusação a prestar depoimento.

Interrogado pela juíza, Cléber Garces, que matou a tiros o pedreiro Abrão Israel Lucas, 36, sua mulher Vera Lúcia Leonardo Daleaste, 48, e os dois filhos de Abrão, Natália Rodrigues Lucas, 9, e Bruno Rodrigues de Oliveira, 13, se negou a contar detalhes do crime.

Já Fábio Teixeira Severo nega participação direta na chacina. Ele disse que foi ameaçado por Cleber e obrigado a ajudar a arrombar a porta da casa. Disse que ao entrar na sala, pegou o aparelho de DVD e saiu correndo, sem saber quantas pessoas estavam na casa. Quando estava na frente da residência, disse ter ouvido o primeiro tiro e outros logo em seguida.

A Defensoria Pública vai pedir a absolvição de Fábio Severo da acusação de ter participado dos assassinatos e a pena mínima para Cleber Garces. Já o Ministério Público quer a pena máxima para os dois acusados – 30 anos de prisão para cada morte. Pela lei brasileira, nenhuma pessoa pode passar mais de 30 anos na prisão.

A “Chacina do Cana㔠ocorreu na residência localizada no número 1.955 da rua Filinto Muller, no Jardim Canaã I, bairro pobre de Dourados. Algumas horas antes da chacina, Cléber Garces e o pedreiro Abrão Lucas tinham discutido. Cleber ouvia som em alto volume na casa da namorada, que morava em frente à residência do pedreiro, o que motivou a discussão. Algumas horas depois, Cleber e Fábio aproveitaram que todos da casa dormiam, arrombaram a porta e mataram o pedreiro, a mulher e as crianças. O garoto dormia na sala e a menina em um colchão em outro quarto. As duas crianças foram executadas com tiros na cabeça.

Cláudio Eduardo Farias Teodoro, 18, o “Dudu”, que teria comprado o aparelho de DVD roubado da casa, chegou a ser preso, mas não foi denunciado por participação na chacina. A namorada de Cleber, na época com 14 anos, também foi acusada de envolvimento nas mortes. Ela cumpriu “medida sócio-educativa” na Unei (Unidade Educacional de Internação) e já está em liberdade.

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