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Acusado de negociar casas populares, vereador é cassado

Hélio de Freitas, Campo Grande News - 22 de dezembro de 2015 - 09:41

Edmilson durante a sessão em que foi cassado por negociar casas populares (Germino Roz/Nova News)
Edmilson durante a sessão em que foi cassado por negociar casas populares (Germino Roz/Nova News)

Acusado de participar da venda ilegal de casas populares, o tucano, que já foi presidente do Legislativo, se tornou o primeiro vereador da história do município, de 12.500 habitantes, a perder o mandato.

O “balcão de negócios” com a participação do então presidente da Câmara envolvia residências construídas através do programa habitacional implantado no município. O caso começou a ser investigado pelo MPE (Ministério Público Estadual) em agosto do ano passado.

Na época, o promotor de Justiça Alexandre Estuqui Júnior ouviu quatro testemunhas que denunciaram o esquema praticado por Edmilson da Silva e contaram terem feito pagamento ao tucano para receber as casas no Conjunto Habitacional Vila Antônio Olímpio Pinheiro.

De acordo com o Jornal da Nova, o operador de máquinas José Paulino da Silva foi uma das testemunhas ouvidas pelo MP que entregaram o esquema envolvendo o vereador. Ele disse que entregou sua caminhonete F250 a Edmilson da Silva e pegou como pagamento um Gol, uma moto e uma casa na Vila Antônio Olímpio Pinheiro, que tinha sido doada pela prefeitura.

A casa teria sido alugada para uma pessoa indicada pelo vereador. José Paulino afirmou na época que se arrependeu do negócio ao saber do esquema ilegal, mas Gaiseiro teria se negado a desfazer a troca.

Em junho deste ano, a Câmara de Vereadores instaurou uma CPI contra Gaiseiro, que já respondia por outra acusação, de recebimento de diárias por viagens que não aconteceram no período em que presidiu o Legislativo.

Defesa – O advogado de Edmilson da Silva, Willians Simões Garbelinne, fez a defesa do vereador na sessão desta segunda. Segundo ele, durante o processo não ficou comprovado o envolvimento de Gaiseiro em negociações de casas populares. Para o advogado, a “expressiva votação” nas últimas eleições, com 800 votos, teria despertado “ciúme” em adversários políticos que tentam “sujar a imagem do vereador”.

O vereador também discursou. Disse que seu trabalho foi “em prol da população mais carente” e apontou falta de provas para justificar a cassação.

“Quero pedir perdão aos meus eleitores por não conseguir concluir meu mandato, mas afirmo que vou continuar lutando pelo bem de todos. Ser político não é profissão, é vocação. Eu vou, mas daqui oito anos estarei de volta”, disse ele, que fica inelegível por um período ainda não definido.

A vaga dele na Câmara de Batayporã fica com a atual secretária de Esportes do município, Izabel Cristina, a Tina, que obteve 245 votos nas eleições de 2012.

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