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Geral

Acusada de matar companheiro assume crime

TJGO - 11 de dezembro de 2007 - 06:56

Interrogada na semana passada pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, a auxiliar de costura Maria de Fátima Gomes confessou ter matado o companheiro Paulo Humberto dos Santos no último 15 de novembro, mas tentou justificar o fato dizendo que o crime simplesmente “aconteceu”, pois o amava muito e não tinha intenção de eliminá-lo. Maria de Fátima também responde a outro processo, na 2ª Vara Criminal de Goiânia, pela morte de José Fernandes da Silva, com quem também havia mantido relacionamento amoroso.

De acordo com denúncia do Ministério Público (MP), a auxiliar de costura e a vítima viviam juntos e, no dia do fato, Paulo Humberto estacionou seu caminhão nas proximidades da casa de Maria de Fátima, onde ficou namorando outra mulher na cabine. Ao ver a cena, a acusada ficou enciumada e brigou com o casal, ocasião em que desferiu um golpe com caco de vidro em Paulo Humberto, que foi então encaminhado a um posto de saúde.

Ainda de acordo com a promotoria, após o atendimento médico, Paulo Humberto foi à residência de Ronair Alves Gomes, filho de Maria de Fátima. Ao saber disso, ela se dirigiu ao local na tentativa de conversar com ele, no que foi impedida pelo filho. Mesmo assim, momento depois a auxiliar de costura conseguiu entrar no barracão de Ronair, onde tentou convencer Paulo Humberto a voltar para casa com ela. Diante da resistência da vítima, inicou uma discussão e sacou de uma faca que trazia no sutiã, atingindo Paulo Humberto, que morreu antes de receber atendimento médico.

Caquinho e faquinha

A versão que Maria de Fátima descreveu ao juiz não é muito diferente da apresentada pela promotoria. Ela disse que conhecia a vítima desde julho e nos dias que antecederam o fato ele chegou em casa de madrugada por duas vezes, sendo que, na terceira, parou o caminhão em frente de sua residência, tendo ficado ali namorando outra mulher. “Fiquei nervosa, entrei na cabine e troquei tapas com ela. Então peguei um “caquinho” de vidro para acertá-la mas Paulo entrou na frente e foi atingido na barriga. Depois os dois me empurraram para fora do caminhão”.

Ainda de acordo com Maria de Fátima, ao voltar do posto de saúde, o companheiro ficou na casa de seu filho, para onde ela foi na tentativa de se reconciliar com ele. Como Paulo Humberto se recusou a voltar com a acusada, os dois começaram a brigar. “Então, peguei uma faquinha que estava em cima de uma mesa. Estava nervosa demais e não me lembro mais do que aconteceu a partir daí”, comentou. A auxiliar de costura afirmou ainda que saiu correndo do local quando avistou uma carro de polícia passando. “Fui então chamar a polícia e a levei ao local onde fui presa imediatamente”, relatou. (Patrícia Papini)

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