A movimentação nos negócios da Expogrande 2005 apresentou uma queda de 10%. Enquanto no ano passado foram movimentados R$ 147 milhões, este ano o montante não passou de R$ 133 milhões, conforme balanço apresentado esta manhã pelo presidente da Acrissul (Associação de criadores de Mato Grosso do Sul), Laucídio Coelho Neto. O resultado, inclusive, confirma a previsão dos organizadores, que já anunciavam a diminuição dos negócios por conta da crise enfrentada este ano pelos pecuaristas, devido a queda do preço da arroba do boi e a estiagem que comprometeu o pasto. “O resultado foi um milagre”, comentou Laucídio, justificando que apesar da redução da movimentação financeira, a Expogrande teve um ótimo resultado, levando em conta a situação financeira do País. Crises a parte a verdade é que não foram apenas os negócios que apresentaram queda. Em nenhum setor os números superaram a feira do ano passado. O público, por exemplo, teve uma redução de 52 mil pessoas – visitaram o evento 318 mil pessoas; enquanto em 2004 chegou a 360 mil pessoas no Parque. O financiamento bancário, que era apontado como grande trunfo do evento, não alcançou as expectativas. De acordo com o balanço foram financiados R$ 82 milhões, contra R$ 87 milhões do ano passado, sendo que foram ofertados R$ 150 milhões, ou seja, quase metade do recurso disponível não foi utilizado. Os leilões também não tiveram grande destaque, movimentando R$ 22 milhões, R$ 9 milhões abaixo do ano anterior. “Mesmo com a queda, não considero um resultado ruim, pelo contrário, mostram a força do agronegócio”, destaca.