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Acidentes: Jovens alcoolizados são a maioria dos mortos

Agência Brasil - 04 de agosto de 2004 - 15:11

Pesquisa realizada na região metropolitana de Porto Alegre (RS) mostra que média de teor alcoólico encontrado é quase três vezes superior ao considerado adequado pelo Código Brasileiro de Trânsito (CBT). Em geral, são homens brancos e jovens e para cada óbito, são registrados 13 feridos.

Hoje, em todo o mundo, a principal causa de morte até os 40 anos de vida são as causas externas. No Brasil, em 20 anos (1980-2000), esse tipo de óbito subiu de 52,9%, para 70%, e as principais causas são os homicídios e acidentes de trânsito. Sobre este último caso, as estimativas nacionais apontam que na metade das ocorrências fatais há presença de etanol no sangue das vítimas, sejam elas motoristas, passageiros ou pedestres.

O estudo gaúcho revelou que mais de um terço (37,7%) das vítimas fatais no ano de 2002 apresentava alcoolemia positiva (qualquer concentração) - um total de 146 em 387 mortes. Segundo o levantamento, na maioria dos casos, os envolvidos são jovens de 21 a 30 anos (23,26%, ou 90 casos), do sexo masculino (80,1%, ou 310) e brancos (90,18%, 349).

O trabalho, publicado no portal da Medcenter, constatou que a média de teor alcoólico encontrado foi de 16,46dg/l, condição na qual o indivíduo, pelo CTB, está proibido de dirigir qualquer veículo e já apresenta visão dupla e desorientação. Entretanto, "por meio dos dados colhidos, não há como diferenciar quem era motorista ou não (passageiros, pedestres, outros)", diz o texto.

Este dado é relevante uma vez que apenas os motoristas de veículos são punidos pelo CTB, caso a alcoolemia seja igual ou superior a 6 dg/l, equivalente a dois copos de chope (300 ml), ou uma lata de cerveja.

A pesquisa, tema da monografia de alunos de Medicina da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), baseou-se em laudos de necropsia das vítimas de acidentes de trânsito, referentes aos meses entre janeiro e dezembro de 2002. Foram coletadas informações quanto ao sexo, idade, raça, sazonalidade dos óbitos, bem como a distribuição da alcoolemia.

Todos os dados foram obtidos junto ao Departamento Médico Legal (DML) de Porto Alegre, responsável também pelos municípios de Alvorada, Cachoerinha, Canoas, Esteio, Gravataí, Guaíba, Sapucaia do Sul, Viamão, Glorinha e Eldorado do Sul -que compõem a região metropolitana da capital gaúcha.

O estudo ressalta, entretanto, que o número de mortes em todo o estado, entre 1997 e 2001, sofreu queda progressiva: de 1.144 para 839 vítimas. Tendência também detectada em Porto Alegre, onde decaiu de 212 óbitos, para 133. (Agência Notisa)

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