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Acidente: secretário de Rio Preto morre em Serranópolis

Alexandre Gama/Diário da Região - 11 de outubro de 2007 - 10:27

Carlos Chimba
Carlos Chimba

O secretário de Habitação de Rio Preto e vereador licenciado Sérgio Camargo, 47 anos, morreu no início da noite de ontem após acidente automobilístico na rodovia GO-184, que liga os municípios de Jataí e Aporé, no Estado de Goiás. A caminhonete Ranger preta cabine dupla em que Camargo viajava na companhia do irmão Tiago Antônio Camargo capotou numa curva a 28 quilômetros da cidade de Serranópolis. De acordo com informações da Polícia Militar de Serranópolis, que atendeu a ocorrência, a caminhonete era conduzida pelo irmão do secretário, Tiago Antônio Camargo, que perdeu a direção na curva e capotou o veículo. O policial Odison Barbosa Ferreira disse que Tiago sofreu apenas escoriações leves e passa bem. Já o secretário de Habitação de Rio Preto, ainda segundo informações da polícia de Goiás, estava sem o cinto de segurança e foi arremessado para fora do veículo. Não resistiu ao impacto e morreu na hora. Seu corpo foi conduzido ao Instituto Médico Legal (IML) de Serranópolis e será trazido hoje para Rio Preto. O velório será na 2ª Igreja Presbiteriana Independente, na rua Prudente de Morais 1.650, Boa Vista. Até o fechamento desta edição, à meia-noite, o horário do velório não estava definido dada a dificuldade que seus familiares encontravam para conseguir liberar o corpo e trazê-lo para Rio Preto.

O policial que atendeu a ocorrência disse que a curva onde a caminhonete de Camargo capotou é “perigosa” e vários acidentes já foram registrados no local. A curva fica no final de uma baixada de aproximadamente 1,5 quilômetros, próximo ao rio Corrente. A pista é simples e, de acordo com a polícia, está em boas condições de tráfego. O acidente ocorreu por volta das 19 horas de ontem, quando Camargo se dirigia com seu irmão para propriedade rural no Estado de Tocantins onde passariam o feriado deste final de semana. Às 23h40 o prefeito Edinho Araújo (PPS) divulgou nota lamentando a morte do assessor e prestando condolências à família de Camargo, que deixou a esposa Aldina Clarete Damico. “O prefeito lamenta profundamente a perda de seu auxiliar direto e torna pública suas condolências à esposa Aldina e aos demais familiares”, diz trecho da nota. O prefeito decretou ainda luto oficial por três dias e disse que vai liberar os funcionários públicos duas horas antes do sepultamento de Camargo. “Para prestarem a última homenagem ao ilustre homem público.”



Trajetória
Engenheiro elétrico, Camargo nasceu em Cardoso em 2 de agosto de 1960. Foi vereador por quatro legislaturas, sendo a primeira em 1993. Em 2001 assumiu a presidência da Câmara. Além de vereador, Camargo foi por duas vezes secretário. Na gestão de Liberato Caboclo, em 1997, foi secretário de Obras. Em 2004 foi reeleito vereador com 2.520 votos. Em 2005 foi nomeado por Edinho Araújo titular da Habitação. Seu sonho político era disputar a Prefeitura de Rio Preto. Deixou o PDT por não ter legenda garantida e assumiu a presidência do PHS. Camargo tinha forte ligação com a Igreja Presbiteriana, onde liderou grupos de jovens e até presidiu a Confederação Brasileira da Mocidade Presbiteriana. Se formou engenheiro eletricista em 1983 pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Bauru. Foi quando se engajou no movimento estudantil. Daí para a política foi um pulo.

Na ocasião se filiou ao PDT de Leonel Brizola, partido que presidiu em Rio Preto por 10 anos e onde esteve filiado até o final de setembro deste ano. Foi por um breve período filiado ao PPS. Em 2002 tentou se eleger deputado estadual pelo partido, obteve 35 mil votos e não se elegeu. Depois voltou ao PDT. Por divergências com a atual direção, deixou o partido e assumiu o PHS. A vida política de Camargo teve contratempos. O principal deles foi em relação ao Auferville. Respondia inquérito na Polícia Civil e no Ministério Público que investigam suposta fraude na assinatura de documentos que atestaram obras inexistentes nos loteamentos Auferville. Sempre alegou inocência. Dizia que assinou os documentos em confiança à engenheira Rosania Caldeira, que teria vistoriado e atestado as obras.


A notícia é do jornal Diário da Região de São José do Rio Preto.

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