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Acareação: Delubio e Valério falam em valores diferentes

Inara Silva / Campo Grande News - 27 de outubro de 2005 - 13:06

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do Mensalão realiza neste momento a acareação entre os supostos operadores da mesada que o PT pagaria a deputados para que votassem de acordo com o governo federal. O relator da CPMI, Ibrahim Abi-Ackel (PP-MG), disse que existe diferença de valores com relação ao valor pago pelo empresário Marcos Valério de Souza ao PL. "A soma dos quantitativos entregues e dos recebidos registram uma diferença de milhões de reais”, daí a necessidade de acareação disse ele em entrevista à Agência Brasil.
O empresário confirmou em depoimento que repassou um total de R$ 10,837 milhões para Valdemar da Costa Neto, presidente do PL. Disse que seu contato com o partido era o ex-tesoureiro do PL Jacinto Lamas e que fazia cheques nominais à empresa Garanhuns, mas que houve, inclusive, pagamentos pessoais entregues a Costa Neto. A diretora-financeira da SMP&B - empresa de Marcos Valério - Simone Vasconcelos, também confirmou os valores e as informações dadas por Marcos Valério.
Marcos Valério afirma ter repassado ao PL R$ 10, 837 milhões. Já o presidente do partido, ex-deputado Valdemar Costa Neto, confirma o recebimento de R$ 6,5 milhões. O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares disse que seu partido teria autorizado o pagamento de cerca de R$ 12 milhões ao PL.
A ex-mulher de Costa Neto, Márcia Cristina Caldeira, acompanha os depoimentos. Ela afirma ter documentos e que poderá entregá-los a algum parlamentar se Costa Neto mentir.
Serão ouvidos pela comissão ainda hoje o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, Marcos Valério, Valdemar Costa Neto, e a ex-funcionária da SMP&B (agência de publicidade de Marcos Valério) Simone Vasconcellos. Ainda devem participar da acareação o assessor do PP João Cláudio de Carvalho Genu; o tesoureiro do PTB, Emerson Palmieri, e o ex-presidente da Casa da Moeda Manoel Severino dos Santos. Todos estariam envolvidos, de alguma forma, com o esquema de repasse de recursos de Marcos Valério. Com informações da Agência Senado e Radiobras.

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