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Ação do BC no câmbio é positiva para MS, diz economista

Aline Rocha / Campo Grande News - 02 de fevereiro de 2005 - 16:02

O preço em queda do dólar tem significado redução no valor de alguns produtos (importados), mas prejuízo para a agricultura de exportação em Mato Grosso do Sul e no Brasil. A nova estratégia do Banco Central, anunciada ontem, de intervenção nos títulos cambiais para segurar a cotação da moeda norte-americana é considerada positiva e fundamental pelo economista do Estado, Jaime Verruck.
Em nota divulgada ontem e publicada hoje no site do Banco Central, a diretoria de política monetária informa que a partir de amanhã, o BC passará a realizar leilões periódicos de swaps (trocas) cambiais nos quais assumirá uma posição ativa em variação cambial e passiva em taxas de juros, em contratos com data de vencimento próxima aos principais vencimentos de instrumentos cambiais (títulos e swaps). No próprio comunicado há a explicação de que as operações permitirão acelerar a redução do passivo cambial do setor público.
Conforme o economista, diante da atual situação do preço do dólar os exportadores, principalmente da soja, em Mato Grosso do Sul têm tido prejuízos. O dólar que está sendo cotado a R$ 2,61.
“Com essa medida do BC, os exportadores sentiram os resultados a curto prazo. Esse valor atual não é sustentável. Apesar de ser uma medida intervencionista, precisamos ter uma taxa de câmbio de equilíbrio. A taxa ajustada ficaria em torno de R$ 2,80, vai corrigir a inflação e beneficiar produtores”, analisa.
Verruck lembra que não caberia ao BC fazer uma intervenção. “O dólar é uma moeda flutuante, mas na atual situação de grandes exportações e muita oferta da moeda estrangeira, foi necessária para reduzir os impactos no agronegócio exportador brasileiro”, diz.
Os leilões do BC serão realizados inicialmente com periodicidade semanal. As condições de cada leilão serão divulgadas no dia anterior a sua realização, após o fechamento dos mercados. Nesta quarta será realizado o primeiro dos leilões e a oferta do BC ficará entre US$ 350 milhões e US$ 400 milhões. O novo programa não alterará as condições da atual política de retirada de passivos cambiais.

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