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Acampados na UFMS, acadêmicos ampliam as reivindicações

Bira Martins/Campo Grande News - 09 de agosto de 2008 - 14:24

Cerca de 40 acadêmicos permanecem acampados em frente a reitoria da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e pretendem manter a ocupação até que o reitor Manoel Catarino Peró aceite nova rodada de negociação pela mudança no sistema de votos para eleição de reitor.

A representavidade é pequena, mas não falta reclamação. As eleições são apenas o ponto de convergência de outras reivindicações dos universitários da UFMS.

O representante do DCE de Três Lagoas, Shesman Lampache, acha que a luta pela paridade é um sinal do retomada do movimento estudantil. "A apatia está sendo rompida aos poucos. Embora tenham motivações diferentes, outras iniciativas bem sucedidas, como o que ocorreu na UNB (Universidade de Brasília), influenciam. Enfrentamos uma crise com falta de professores, com a universidade usando professores voluntários, gente que acaba de se formar, porque se não ninguém conclui os cursos".

Na quinta-feira os alunos sofreram derrota em suas reivindicações pelo voto paritário para a escolha do reitor. Os estudantes queriam também que o Colegiado Eleitoral, composto por 104 pessoas, fosse o responsável pelo processo eleitoral. Mas o Colegiado Máximo, com 41 membros, sendo três acadêmicos, conduzirá o processo.

O estudante de Ciência da Computação, Cauã Cabral, membro da comissão de negociação, afirma que a mobilização tem objetivo de chamar atenção para crise que a universidade enfrenta. "É um luta por democratização, pela paridade plena em todos os conselhos. Lutamos para consquistar voz. Porque tentamos apresentar os problemas e somos ignorados", diz o aluno que completa: "A discussão da paridade é uma oportunidade para agregar o movimento estudantil, porque a situação da UFMS como está é insustentável".

O paulista Geraldo Machado, estudante do 3° ano de Geografia em Aquidauana, reclama da precariedade das condições enfrentadas pelos alunos "Em Aquidauana não há restaurante, os preços na cantina não estão ao alcance da maioria dos alunos. Não existem alojamentos e de aluguel eu pago R$ 250,00 em uma quitinete".

Sem nada - Thalita Gonçalves, estudante de história em Três Lagoas, concorda com o problema dos alojamentos. "Em Três Lagoas, o único alojamento que abrigava cerca 50 estudantes foi oferecido para os funcionários da VPC (Votorantim Celulose e Papel). Os trabalhadores se recusaram a ficar no alojamento pela precariedade do local, depois disso foi fechado. Cortaram a água e luz para expulsar os alunos".

O reitor Manoel Catarino Paes Peró contesta as críticas sobre as deficiências na UFMS. Segundo ele, investimentos são feitos nos últimos na instituição e bons resultados no Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) seriam prova disso. "Tivemos 3 cursos com nota máxima, se tudo fosse indo tão mal, o desempenho não seria tão positivo", argumenta.

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